‘Cortar seu pescoço’: jovem que atropelou e matou namorado e amiga enviou mensagens

De acordo com a polícia, o crime teria sido cometido por ciúmes

Geovanna
Geovanna Proque da Silva é suspeita de ter atropelado e matado o namorado e uma amiga dele Foto: Reprodução/ redes sociais

A jovem Geovanna Proque da Silva, de 21 anos, presa suspeita de atropelar e matar o namorado e uma amiga dele, enviou mensagens com ameaças via WhatsApp cerca de cinco horas antes do crime. O caso ocorreu na madrugada de domingo, 28, em Campo Limpo, zona sul de São Paulo, e, segundo a polícia, teria sido provocado por uma crise de ciúmes.

Geovanna está presa preventivamente pelos assassinatos de Raphael Canuto da Costa, de 21 anos, e Joyce Correa da Silva, de 19. Câmeras de segurança registraram o momento em que o carro conduzido pela jovem atingiu a traseira da moto onde as vítimas estavam.

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Testemunhas relataram que, por volta das 20h de sábado, 27, a estudante de medicina veterinária estava em um churrasco na casa do namorado, mas decidiu ir embora para fazer as unhas. Porém, por volta das 22h, ela passou a enviar mensagens para pessoas que estavam no local, exigindo a retirada de mulheres que ela não conhecia.

“Se eu for aí, essa faca de picanha vai cortar seu pescoço”, escreveu Geovanna em ameaça direcionada a Raphael, segundo o telejornal SP1. “Eu cansei de ficar sozinha. Inferno. Engraçado que antigamente não tinha correria que fizesse você parar de me responder. Você me odeia?”, completou.

Segundo o inquérito, a jovem também enviou mensagens a amigos de Raphael, afirmando que as mulheres deveriam sair “por bem ou por mal”, caso contrário, ela iria “quebrar ele [Raphael] e tudo que tem aí”.

Em depoimento, a madrasta de Geovanna, a médica Gabrielle Schneid de Pinho, contou que a enteada a acordou para irem de carro até a casa de Raphael. No local, houve uma discussão e o namorado impediu a entrada de Geovanna.

Ao irem embora, Raphael saiu de moto e passou a ser seguido pela jovem. No caminho, ele deu carona à amiga Joyce. “Desde o momento em que Geovanna passou a perseguir Raphael em alta velocidade, pedi a ela incessantemente que parasse o carro”, relatou a madrasta, afirmando que a jovem ignorava os apelos e mantinha a perseguição.

Com o impacto, as vítimas foram arremessadas por cerca de 30 metros e morreram no local. Um pedestre também foi atingido e sofreu ferimentos na cabeça. Após o atropelamento, Geovanna teria dito a conhecidos: “Vai socorrer seu amigo e a vagabunda que eu acabei de matar”.

A jovem fugiu, mas foi localizada pela PM sentada em uma calçada próxima. Ela alegou ter tomado antidepressivos, mas admitiu ter consciência de seus atos no momento. Na delegacia, Geovanna permaneceu em silêncio. O caso foi registrado como homicídio doloso duplamente qualificado e lesão corporal, e é investigado pelo 37° Distrito Policial (Campo Limpo).