O partido Revolución Ciudadana, do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), deve se manter como a primeira força no Congresso do Equador, mas sem ter maioria, segundo projeções baseadas nos resultados preliminares já divulgados das eleições gerais antecipadas de domingo.

O correísmo, que irá ao segundo turno presidencial com a candidata Luisa González, alcançaria pelo menos 50 dos 137 assentos na unicameral Assembleia Nacional, o que o coloca como a força com mais cadeiras.

Pierina Correa, irmã do ex-presidente e ex-deputada, estimou que o correísmo poderia ter até 57 deputados, superando os 49 que teve na Assembleia dissolvida em maio pelo presidente direitista Guillermo Lasso para encerrar uma “grave crise política”.

O Legislativo equatoriano é formado 15 deputados nacionais, 116 provinciais e 6 são eleitos pelos cidadãos que vivem fora do país. São necessários 70 votos para garantir a maioria.

A segunda força parlamentar será a do partido de centro Construye, que patrocinou a candidatura presidencial de Fernando Villavicencio, assassinado a tiros em 9 de agosto ao sair de um comício em Quito.

Seu substituto na candidatura foi o jornalista Christian Zurita, que alcançou o terceiro lugar na votação (16%), atrás de González (34%) e do direitista Daniel Noboa (23%), de acordo com o escrutínio preliminar.

O Construye conseguiria cerca de 30 deputados, seguido pelo direitista Partido Social Cristiano e a aliança ADN, que apoia Noboa, ambos com 14.

Pachakutik, braço político dos indígenas e que, em 2021, foi o segundo bloco com 27 lesgisladores, alcançaria cinco cadeioras, assim como a aliança de direita Actuemos.

A aliança Claro que se Puede, que acompanhou o ex-candidato presidencial indígena Yauku Péres (sexto entre os oito candidatos) obteria três vagas.

Os deputados eleitos trabalharão até 2025 para completar o restante do mandato depois que Lasso dissolveu o Legislativo para realizar as eleições gerais antecipadas.

pld/sp/lv/db/dd/aa