03/12/2021 - 15:53
(Corrige para mostrar que porta-voz da OMS quis dizer que estava elogiando os laboratórios por buscarem ajustar as vacinas, não recomendando que o fizessem)
Por Stephanie Nebehay
GENEBRA (Reuters) – Os fabricantes de vacinas contra Covid-19 devem ser elogiado por se planejarem para a “probabilidade” de precisar ajustar seus produtos para proteger as pessoas da variante Ômicron, disse um porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira.
Christian Lindmeier disse que a agência está estudando a transmissibilidade e gravidade da variante detectada pela primeira vez no sul da África no mês passado.
Lindmeier, corrigindo comentários feitos mais cedo em um briefing da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, disse que é “louvável” que as fabricantes de vacinas comecem a “se planejar antecipadamente e planejar a probabilidade de ter que ajustar a vacina existente”.
“É bom não esperar até o último toque do alarme soar.”
A alemã BioNTech deve ser capaz de adaptar sua vacina contra coronavírus de forma relativamente rápida em reação ao surgimento da Ômicron, disse seu presidente-executivo, Ugur Sahin, à conferência Reuters Next nesta sexta-feira.
Cientistas sul-africanos que estudam o surto de Ômicron acreditam que os sintomas são menos graves para aqueles reinfectados com a nova variante da Covid-19 ou infectados após a vacinação, disse um cientista destacado na quinta-feira.
Maria van Kerkhove, líder técnica da OMS no combate à Covid-19, disse na quarta-feira que o órgão espera ter mais informações sobre a transmissibilidade da nova variante Ômicron “dentro de alguns dias”.
“Ainda vai levar algum tempo e não vamos tirar conclusões precipitadas”, disse o porta-voz da OMS, Lindmeier, nesta sexta-feira.
“Os dados preliminares, e já dissemos isso há algum tempo, mostram que há uma transmissibilidade mais alta. Mas isso é tudo o que temos basicamente até agora”, disse ele.
A variante Delta continua sendo a variante dominante mundialmente e a responsável por mais de 90% das infecções, acrescentou.
“Portanto, a Ômicron pode estar em ascensão e podemos chegar a um ponto em que ela passe a ser a variante dominante, mas neste momento a variante dominante continua sendo a Delta.”