Correção: Moedas Globais: dólar devolve ganhos do início da sessão e DXY fica estável

A matéria divulgada anteriormente, o segundo parágrafo trouxe verbos errados sobre os movimentos do dólar frente ao iene e do euro. Veja versão corrigida e o título original:

Moedas Globais: dólar devolve ganhos do início da sessão e DXY fica estável; euro cai com BCE

O dólar devolveu os ganhos do início da sessão e o índice DXY chegou ao fim desta quinta-feira, 17, perto da estabilidade. A moeda norte-americana teve valorização frente ao euro, após corte da taxa de juros na zona do euro, e ante o iene japonês. Ela acentuou o ritmo de queda e renovou sucessivas mínimas intradiárias no início da tarde frente divisas emergentes e de países exportadores de commodities.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, se manteve estável, em 99,376 pontos. Por volta das 17h (horário de Brasília), o dólar subia para 142,41 ienes, enquanto o euro recuava para US$ 1,1376 e a libra esterlina era negociada em alta, a US$ 1,3267.

A enfraquecida moeda americana parece encontrar algum suporte enquanto as taxas de juros permanecem elevadas nos EUA e o Banco Central Europeu (BCE) adota uma postura mais dovish diante de incertezas sobre a política tarifária de Donald Trump e indícios de que a inflação segue relativamente sob controle na zona do euro.

Após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, indicar ontem que as tarifas impostas por Trump podem dificultar cortes de juros nos EUA, o BCE reduziu os custos de financiamento nesta quinta-feira, conforme esperado, e a presidente Christine Lagarde afirmou que a Europa enfrenta um choque de demanda negativo.

Em um cenário mais amplo, a desvalorização do dólar tem alimentado temores de que a política comercial errática do presidente americano possa ter prejudicado o status da moeda como porto seguro. Em meio ao vaivém das tarifas, os investidores adotaram a abordagem típica de se desfazer de ativos de risco, mas não correram para comprar dólares, como tradicionalmente ocorre em tempos turbulentos.

“Uma correlação tradicional está mudando de forma bastante dramática e muito rápida”, afirma Anders Persson, chefe de renda fixa e diretor de investimentos da Nuveen. Na avaliação de Idanna Appio, gestora de portfólio na First Eagle Investments, o movimento incomum “pode refletir uma certa perda de confiança de estrangeiros na economia dos EUA”.

*Com informações da Dow Jones Newswires