Correção: Livelo está aberta a negociar com mais parceiros e também novos sócios

A nota enviada anteriormente continha uma incorreção. O cargo do executivo Eduardo Gouveia é de presidente da Alelo e líder do projeto da Livelo, e não presidente da Livelo, como constou. Segue o texto corrigido. A Livelo, programa de fidelidade do Bradesco e Banco do Brasil, está aberta a negociar com mais parceiros, inclusive, bancos e ainda não descarta a possibilidade de novos sócios que, caso surjam, terão de entrar via Elo Participações, que controla a companhia. Existem negociações hoje, de acordo com Eduardo Gouveia, presidente da Alelo (ex-Visa Vale) e líder do projeto da Livelo, apenas com empresas do setor de varejo. No total, a companhia nasce com 15 parceiros, 10 milhões de usuários e mais de 500 mil tipos de produtos e serviços. De acordo com Raul Moreira, vice-presidente de Negócios de Varejo do BB, a Livelo vai avaliar as possibilidades que surgirem e as discussões, de parceiros e sócios, são diferentes visto que a primeira se dá com a própria empresa e a seguinte diretamente com a Elo Participações, sociedade com participação indireta do BB, com 49,99% do capital social, e do Bradesco, com 50,01%. “Ouvir não paga”, acrescentou Marcelo Noronha, vice-presidente do Bradesco, em coletiva de imprensa, na manhã desta quarta-feira, 15. Questionados se a Caixa Econômica Federal, sócia de Bradesco e BB na bandeira de cartões Elo, já teria procurado os bancos para uma possível joint venture na área de cartões, os executivos de ambas as instituições negaram. Essa operação é tida como uma das possibilidades de receitas extras que o banco público almeja para evitar uma capitalização por parte do governo. Bradesco e BB não divulgaram os investimentos feitos na Livelo. Conforme Moreira, o valor foi baixo e, com base na sinergia gerada com a companhia, já “teria se pagado”. “A empresa nasce praticamente em ponto de equilíbrio (break even)”, afirmou o vice-presidente do Bradesco. Faturamento e expectativa de conversão de pontos também não foram revelados e, segundo os executivos, são dados estratégicos. Eles também garantiram que não haverá canibalização de clientes uma vez que os bancos já são sócios em outras empresas, todas no guarda-chuva Elo, e que a competição entre Bradesco e BB se dá “com cooperação”. Fora da Livelo, a concorrência nos outros segmentos segue. A empresa, segundo os executivos, também não considera abrir capital na bolsa. Parte da migração das bases dos clientes de Bradesco e BB para a Livelo já começou. De acordo com Moreira, do BB, a expectativa é que até o final do ano toda essa transferência seja concluída. Não há, porém, um cronograma fixo já que cada banco tem a sua estratégia em termos de segmentação. Os bancos também permanecem com os seus programas de fidelidade de forma independente. Os clientes, porém, passam a receber pontos Livelo de forma automática e poderão consolidar os pontos acumulados tanto no Bradesco quanto no BB. Também está previsto para este ano o modelo de coalizão por meio do qual os clientes passarão a contar com novas fontes de acúmulo com empresas do setor de varejo.