O texto enviado anteriormente continha incorreções nas taxas dos ajustes de quinta-feira, 19, dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI). Segue abaixo o texto corrigido:

Os juros futuros de curto prazo terminaram esta sexta-feira, 20, praticamente estáveis enquanto os longos fecharam em baixa. O cenário externo mais tranquilo, o dólar em queda ante o real e a expectativa com o cenário fiscal foram os principais condutores do mercado nesta sexta-feira, além do IPCA-15 de maio. Em sessão de volume moderado, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 fechou a etapa regular em 13,675%, de 13,670% no ajuste de ontem. O DI janeiro de 2018 recuou de 12,77% para 12,72%. O DI janeiro de 2019 terminou em 12,46%, de 12,55%, e o DI janeiro de 2021 passou de 12,52% para 12,36%.

O mercado deu sequência ao movimento visto na sessão anterior, em que prevaleceu a tendência vendedora, mas as taxas curtas não acompanharam esse viés em razão do IPCA-15 de maio. O indicador mostrou inflação de 0,86%, acima do teto das estimativas coletadas pelo AE Projeções, de 0,81%, e também do IPCA-15 de abril, de 0,51%. Na leitura do mercado, o resultado reduz ainda mais a possibilidade de o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciar o ciclo de cortes da Selic em sua reunião dos dias 7 e 8 de junho.

Enquanto isso, nos trechos intermediário e longo o investidor se apoiou no clima externo, com alta das bolsas norte-americanas e na Europa, superando a reação negativa à sinalização recente do Federal Reserve (Fed) de que uma elevação das taxas dos Fed Funds no curto prazo está no radar. Também favoreceu o alívio na curva a termo o recuo do dólar ante o real, que superava 1% nesta tarde. Às 16h33, o dólar estava na mínima de R$ 3,5218 (-1,27%).

As mínimas dos juros futuros foram registradas na última meia hora da sessão regular, após a informação de que de que o anúncio da nova meta fiscal de 2016 será feito ainda hoje, às 18 horas, e não mais na segunda-feira, pelos ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Romero Jucá (Planejamento). O mercado aguarda o número com certa ansiedade, porque entende que, por pior que seja, será crível e também o ponto de partida para a definição das medidas fiscais.