A nota enviada anteriormente continha um erro no nome do goleiro do Atlético-MG na ficha técnica. Estava Ederson e é Everson. Segue versão corrigida

Acabou o sofrimento do torcedor do Atlético-MG no Brasileirão. Após 49 anos, 11 meses e 14 dias, a taça nacional mais uma vez vai para o lado preto e branco de Belo Horizonte. Depois de sair com dois gols de desvantagem em Salvador, os comandados de Cuca buscaram virada incrível para 3 a 2 sobre o Bahia, em cinco minutos, para soltar o grito de “campeão.”

O jogo atrasado da 32ª rodada teve como herói o atacante baiano Keno, melhor jogador do Atlético-MG em bela campanha na temporada passada, na qual perdeu fôlego após liderar muitas rodadas e acabou em terceiro. O jogador fez o gol de empate e o da virada após pedir calma para todo time quando o placar era 2 a 0 contra. Hulk, artilheiro do Brasileirão, iniciou a reação com cobrança de pênalti precisa. Agora são 18 gols na atual edição.

Depois de chorar com os vices de 1977, 1980, 1999, 2012 e 2015, o torcedor do Atlético-MG finalmente festejou o fim da sina de bater na trave no Brasileirão. Campeão da primeira edição da competição, com gol do ídolo Dadá Maravilha em final contra o Botafogo, em 1971, o time mineiro festeja a segunda taça com show e gol de seus atacantes mais uma vez.

Após assumir a liderança na 15ª rodada, o Atlético-MG não mais deixou a ponta escapar e fez a festa com duas rodadas de antecedência. Chegou aos 81 pontos comandados por um empolgado Hulk e com boas peças em todos os setores. Com investimento e organização, não deu chances para Flamengo e Palmeiras, seus principais perseguidores.

Disposto a definir logo o título, o Atlético-MG iniciou alugando o campo ofensivo. E foi logo colocando Danilo Fernandes para trabalhar, com dois chutes perigosos de Keno em menos de 15 minutos. Nacho também seria parado por um gigante goleiro baiano.

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Mesmo necessitando da vitória para deixar a zona de rebaixamento e com grande apoio da torcida, o Bahia não saía da defesa. Receoso de perder e se complicar ainda mais, chegou mais nós cruzamentos, sem levar perigo.

Apesar de os dois times terem motivos de sobras para ganhar, o empate prevaleceu em uma primeira etapa melhor disputada pelo líder, refletindo a situação de ambos na tabela. O Atlético saiu lamentando a falta de pontaria e o Bahia reverenciando seu goleiro.

O segundo tempo começou muito melhor, com emoção e em alta velocidade. Depois de apenas se defender, o Bahia voltou com mais coragem e teve duas boas chegadas com Gilberto. Uma sem conclusão e outra com Everson segurando firme.

O Bahia não fez e quase foi punido com Hulk e Arana parando em novas boas intervenções de Danilo Fernandes. Era um lá e cá frenético e com os times cada vez mais perto do tão buscado gol.

O grito saiu aos 16 após cabeçada de um jogador que passou a semana tratando dores no joelho. Cobrança de escanteio, Luiz Otávio ganha de Nathan Silva pelo alto e manda no ângulo. Explosão em Salvador. O frisson das arquibancadas era grande e aumentou ainda mais com Gilberto antecipando Júnior Alonso.

Restando 25 minutos, o Bahia tinha vantagem imensa. Cuca, com cara de preocupado, não pensou duas vezes e foi logo mexendo na equipe. A troca deu resultado imediato com seus escolhidos. Nathan tocou para Eduardo Sasha sofrer pênalti de Luiz Otávio.

Hulk ajeitou a bola com carinho e deslocou Danilo Fernandes, anotando seu 18° gol na competição. Um minuto depois, Keno recebeu, cortou a marcação e bateu para empatar, calando a Fonte Nova. Cuca vibrava de um lado e Guto Ferreira pedia calma do outro.

O treinador do Bahia mexeu para tentar buscar novamente a vitória e viu Keno receber de Nathan para novo chutaço e uma incrível virada em cinco minutos. Cuca fechou a “casinha” com mais um defensor e contou com boas defesas de Everson para acabar com o mais longo jejum de títulos de um grande no Brasileirão. Uma festa linda e de quem mais mereceu.

FICHA TÉCNICA

BAHIA 2 X 3 ATLÉTICO-MG

BAHIA – Danilo Fernandes; Nino Paraíba, Conti, Luiz Otávio e Matheus Bahia; Patrick de Lucca, Mugni (Daniel) e Rodriguinho (Ronaldo); Rossi, Raí Nascimento (Ramírez) e Gilberto (Rodallega). Técnico: Guto Ferreira.


ATLETICO-MG – Ederson; Mariano, Nathan Silva, Júnior Alonso e Guilherme Arana; Tchê Tchê, Zaracho (Igor Rabello) e Nacho Fernández (Eduardo Sasha); Keno, Vargas (Nathan) e Hulk. Técnico: Cuca.

GOLS – Luiz Otávio, aos 16, Gilberto, aos 20, Hulk (pênalti), aos 27, Keno aos 28 e aos 32 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Nathan, Guilherme Arana e Eduardo Sasha (Atlético-MG) e Mugni e Patrick de Lucca (Bahia).

ÁRBITRO – Flávio Rodrigues Guerra (SP).

RENDA – R$ 708.246,00.

PÚBLICO – 29.514 presentes.

LOCAL – Arena Fonte Nova, em Salvador.


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