(Corrige matéria publicada na sexta-feira para retirar menção ao SeaWorld Entertainment e refletir o fato de que a empresa não é dona do Seaquarium)

Por Tyler Clifford

(Reuters) – Um aquário da Flórida fechou acordo com defensores do bem-estar animal para libertar Lolita, uma orca de 2.268 kg mantida em cativeiro por mais de meio século, disseram autoridades na quinta-feira.

O Miami Seaquarium disse que chegou a um “acordo vinculativo” com a organização sem fins lucrativos Friends of Lolita para devolver a baleia, que recentemente se aposentou das apresentações, a um habitat oceânico no noroeste do Oceano Pacífico dentro de dois anos.

Lolita, uma orca de 57 anos capturada em 1970 em uma enseada perto de Seattle, também é conhecida como Toki,  abreviação do nome nativo americano da baleia, Tokitae, informou o Miami Herald. O plano de devolver Lolita ao seu habitat natural requer aprovação federal, segundo o jornal.

O processo para devolver Lolita às suas “águas natais” levou anos para ser concluído, começando pela transferência da propriedade do aquário para a The Dolphin Co, disse a prefeita do condado de Miami-Dade, Daniella Levine Cava, em entrevista coletiva. Mais tarde, a empresa fez parceria com a organização sem fins lucrativos para fornecer assistência médica à baleia.

Lolita, que já foi uma das principais atrações do Seaquarium, foi aposentada dos shows em março de 2022, após a administração mudar de mãos.

“Encontrar um futuro melhor para Lolita é uma das razões que nos motivou a adquirir o Miami Seaquarium”, disse o presidente-executivo da Dolphin Co, Eduardo Albor, em comunicado.

A pressão para libertar Lolita ganhou força depois que o documentário de 2013 “Blackfish” destacou o cativeiro das orcas.

(Reportagem de Tyler Clifford em Nova York)

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