SÃO PAULO, 24 JUN (ANSA) – O corpo do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira, assassinado durante uma expedição na região do Vale do Javari, no Amazonas, foi cremado nesta sexta-feira (24), em cerimônia reservada no cemitério Morada da Paz, em Paulista, região metropolitana de Recife.   

O velório, que foi aberto ao público, foi marcado por homenagens feitas por indígenas das duas etnias mais importantes de Pernambuco: Pankararu e Xukuru.   

O caixão estava coberto com bandeiras de Pernambuco e do Sport Clube do Recife, time do coração de Pereira, além de uma camisa da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).   

Ontem, a Polícia Federal transportou os restos mortais do indigenista e do jornalista Dom Phillips de Brasília para Recife e Rio de Janeiro, respectivamente, onde foram liberados para suas famílias.   

O corpo do repórter britânico será velado no próximo domingo (26), no cemitério Parque da Colina, em Niterói (RJ).   

A Polícia Federal ainda investiga as circunstâncias em que os dois foram mortos na Reserva Indígena do Vale do Javari, no Amazonas.   

Os dois foram vistos na região pela última vez no dia 5 de junho, e, após buscas, restos mortais foram encontrados no dia 15 de junho. No dia seguinte, os corpos foram levados para Brasília, onde foram periciados e identificados pelo Instituto Nacional de Criminalística.   

Os corpos foram localizados em uma área indicada pelo pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”. Ele confessou participação e foi preso. Além de assassinados, ambos foram queimados e esquartejados antes de serem enterrados.   

Em nota, a PF informou que Bruno Pereira foi morto com dois tiros na região abdominal e torácica, e um na cabeça, enquanto Dom Phillips levou um tiro no abdômen/tórax. A munição usada no assassinato foi típica de caça. (ANSA)