Hamas admite que não devolveu corpo de mulher israelense corretamente

AFP
Fotos de Ariel, Shiri e Kfir Bibas Foto: AFP

O grupo radical islâmico Hamas admitiu nesta sexta-feira, 21, que o corpo da refém israelense Shiri Bibas, mãe dos pequenos Kfir e Ariel Bibas, também sequestrados e mortos, não foi devolvido corretamente em virtude de um possível equívoco.

O movimento declarou que não tem interesse em “reter os restos mortais” dos reféns e que examinou o processo de devolução dos cadáveres com a “seriedade”.

“Apontamos a possibilidade de um erro ou sobreposição em relação aos corpos, o que pode ser resultado da ocupação ter como alvo e bombardeado o local onde a família estava hospedada com outros palestinos”, afirmou o Hamas em comunicado publicado no Telegram.

Após o equívoco na devolução do corpo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o governo agiria com “determinação para trazer Shriri para casa, junto com todos os nossos prisioneiros, tanto os vivos quanto os mortos”. “Garantiremos que o Hamas pague o peço por essa violação cruel e maligna do acordo“, concluiu o político, que classificou o assassinato da mãe e seus dois filhos como uma ação de “monstros”.

Um oficial do Hamas, Ismail al-Thawabteh, disse que o corpo de Shiri, que tinha 32 anos, “foi despedaçado e misturado a outros cadáveres sob os escombros após um ataque israelense”. A versão é negada pelo país, que afirma que os três membros da família Bibas foram assassinados pelo grupo enquanto estavam em cativeiro.

As IDF disseram que os restos mortais de Kfir e Ariel foram devolvidos corretamente, além disso, o suposto equívoco do Hamas não deverá fazer Israel encerrar o acordo de cessar-fogo, pois o país não deseja colocar em risco a vida dos seis reféns vivos que deverão ser libertados no sábado, 22, de acordo com a imprensa local.