A cidade de Santos, a 70 kms de São Paulo, vai parar na segunda-feira e terça-feira, dias 2 e 3, respectivamente, para o velório do Pelé. Ele se apresentará pela última vez na Vila Belmiro, palco de centenas de jogos emocionantes que ele disputou no estádio de futebol do Santos, time do seu coração e onde chegou aos 15 anos para brilhar e tornar-se o Rei do Futebol mundial.
Como a cidade está lotada por turistas do mundo todo que para lá se deslocaram em função dos festejos da passagem do Ano Novo, os dirigentes do Santos estimam que mais de um milhão de pessoas devem encher seu estádio e as ruas principais da cidade, por onde um carro de bombeiros com o caixão com o corpo de Pelé deve passar.
Para não criar grandes distúrbios nas ruas da cidade (que normalmente tem 400 mil habitantes, mas passa de 1 milhão com as festividades do Ano Novo), o caixão será transportado do Hospital Albert Einstein para a Vila Belmiro na madrugada de segunda-feira. Se o complexo da Anchieta/Imigrantes tiver lotada com turistas subindo e descendo as estradas que levam ao litoral, a família de Pelé pensa em levar a urna funerária de helicóptero,
O corpo de Pelé começará a ser velado na segunda-feira, às 10h, e as homenagens durarão 24h. Ou seja, por volta da 10h de terça, o caixão deixará a Vila Belmiro num carro do Corpo de Bombeiros e desfilará pelas principais ruas de Santos. No trajeto, o cortejo fará uma parada na casa de dona Celeste, a mãe de Pelé, que acaba de completar 100 anos. Como ela tem dificuldades de se locomover, sem condições de comparecer ao velório, os filhos do Rei organizaram o roteiro do funeral passando defronte a casa de dona Celeste. E esse foi um desejo de Pelé, antes de morrer. De morrer não, pois Pelé não morrerá jamais. Ele é imortal.
