O empresário Junior Durski, dono do Madero, afirmou nesta quarta-feira (25) que não se arrepende de ter criticado as recentes medidas de governadores que limitaram o comércio por causa da pandemia do coronavírus.

“Não me arrependi em nada do que falei. O confinamento, do jeito que está, é um absurdo. Se a economia não funciona, o governo não funciona, e nada funciona. Com esse lockdown, vão morrer 5 mil agora e depois mais milhares por falta de saneamento, porque não terá segurança, por fome”, disse ele ao colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Na terça-feira (24), depois da repercussão negativa das suas declarações, Durski usou redes sociais para pedir desculpas pelo ocorrido. O empresário disse que foi “mal interpretado” ao dizer que o número de mortos pelo coronavírus não pode ser comparado ao dos que ficarão desempregados.

“Me desculpem se alguém me interpretou mal. Nunca vou menosprezar uma vida sequer. […] Vou fazer de tudo para ajudar todas as pessoas e vou sempre apoiar todas as ações, mas não podemos ser desproporcionais e não podemos não pensar nas consequências econômicas”, explicou no novo vídeo.

Mesmo com o pedido de desculpas, Durski não deixou de criticar novamente as ações do governo federal para diminuir o impacto do coronavírus na economia do Brasil. Outro ponto citado pelo empresário foi a segurança dos mais carentes.

“Esse isolamento é muito bom, mas é bom para os ricos. Não estou falando mal de ricos, eu também sou, mas, minha mãe de 82 anos está completamente segura, sozinha no apartamento dela, mas e as outras pessoas que não têm, que estão na favela? […] Como vão ficar essas pessoas? Vão ficar aqui dentro no conforto do lar, das casas?”, rebateu.

Para o dono da rede de restaurantes é preciso direcionar os esforços, diante da pandemia do Covid-19, para os mais necessitados. “Vamos ser mais humanitários, mais racionais, pensar nas graves consequências que vão vir com a grave crise econômica. Li um artigo que diz que podem morrer bilhões de pessoas no mundo em razão da grave crise econômica que vai se instalar. Não estou preocupado comigo, temos condições de passar pela crise, mas os pequenos, não”, completou.