Com o avanço dos casos do novo coronavírus pelo País, um trio no Rio Grande do Sul conseguiu aumentar a quantidade de pacientes atendidos por um respirador mecânico. O médico Emmanuel Rath Bonazina e os fisioterapeutas Marcio Ramos Laguna e Andre Hoerbe Bacchin são os responsáveis pela criação do mecanismo, conforme divulgado pelo G1.

De acordo com boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde na segunda-feira (23), são 96 o número de casos confirmados de coronavírus no Rio Grande do Sul. Já o Brasil registra quase 2 mil infectados e 34 mortes.

Os agentes da saúde trabalham no hospital Nossa Senhora das Graças, em Canoas, no Rio Grande do Sul. A inspiração para a adaptação foi encontrada em estudo norte-americano de 2006.

“Porque não tentar? Brasileiro sempre dá um jeitinho”, brinca Emmanuel.

Utilizado quando o paciente não consegue respirar sozinho, o respirador mecânico funciona como uma espécie de pulmão artificial. O aparelho é um importante aliado para os pacientes mais graves com coronavírus, pois um dos sintomas do Covid-19 é justamente a dificuldade respiratória.

Adaptação do respirador mecânico

“A gente fez isso com intuito de ajudar, como tem essa falta de respiradores, a gente já está imaginando nosso inverno aqui no Rio Grande do Sul. Sempre aumenta muito a demanda, e mais toda essa situação do coronavírus, a gente teve que começar a correr atrás e ver o que dava pra fazer”, explica.

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Com isso, em situações de emergências o equipamento pode atender até quatro pessoas.

“O que a gente fez? Nas válvulas que envolvem a inspiração, a gente puxou as mangueiras que são conhecidas como traqueias e colocamos um Y na ponta dessas saídas – na inspiração e na expiração. E nesse Y, a gente puxou mais duas mangueiras para que a gente possa fazer mais um Y, e poder, assim, ventilar dois pacientes, para que eles possam respirar simultaneamente”, explica Emmanuel.


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