Preso por jogar ácido em cinco pessoas na capital gaúcha, o empresário Wanderlei da Silva Camargo Júnior ganhou o benefício da liberdade provisória. A justiça acatou o pedido de que o réu é hipertenso e por este motivo estaria no  de risco para o coronavírus, conforme apuração do G1.

O réu foi colocado em liberdade na última quarta-feira (25), mas o Ministério Público já recorreu da decisão. No recurso, o órgão cita algumas inconsistências no pedido da defesa.

“O teste ergométrico apresentado pela defesa que aponta que o réu é hipertenso é de 2011. Além disso, o acusado é jovem e vem recebendo tratamento médico adequado e contínuo nas dependências do estabelecimento prisional em que se encontra recolhido, não apresenta quaisquer dos sintomas de Covid-19. Nesse sentido, o recolhimento em que se encontra é aparentemente mais adequado neste momento, sobretudo ante a previsão de superlotação de postos e hospitais da cidade nos próximos dias, inviabilizando eventual tratamento médico que o acusado possa precisar”, afirma, no documento, a Promotoria.

A Justiça impôs algumas medidas para Wanderlei como “não se aproximar das vítimas e da ex-companheira, proibido com elas qualquer espécie de contato, e proibição de frequentar os locais em que ocorreram os delitos, sem prejuízo de observar as recomendações de restrição social emitidas pelas Autoridades Públicas”.

Ataques em Porto Alegre

Entre os dias 19 de junho e 21 de junho do último ano, Wanderlei atacou quatro mulheres e um adolescente com ácido sulfúrico.

Imagens de câmeras de segurança registraram alguns ataques e o empresário foi preso em Curitiba, no Paraná, no último dia 4 de outubro.