A unidade do hospital Santa Maggiore, da rede Prevent Senior, localizada na Zona Sul da capital paulista será investigadA pelo Ministério Público de São Paulo por suposta omissão de notificação de mortes pelo coronavírus.

De acordo com os promotores, a medida visa analisar se houve falha ou prática de delito nos anúncios de mortes pela doença. A promotora criminal Celeste Leite dos Santos, a suspeita existe desde que foi feita uma fiscalização no hospital feita por uma equipe da prefeitura de São Paulo, conforme apuração do G1.

“De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, a inspeção epidemiológica no referido hospital constatou a existência de casos suspeitos de coronavírus não-notificados na unidade, fato que teria impedido a vigilância sanitária de adotar as medidas necessárias”, disse a promotora.

De acordo com o MP, a investigação envolve a Vigilância Sanitária Estadual e Municipal, as secretarias de Saúde do Estado e da Cidade de São Paulo, Polícia Civil, Hospital Sancta Maggiore. As famílias de vítimas do coronavírus também serão ouvidos na apuração.

Para justificar o ocorrido, o diretor da rede Prevent Senior, Pedro Batista Júnior, relatou problemas para acessar o sistema de monitoramento de São Paulo ao Covid-19.

“A primeira vítima foi no dia oito de março, todos os pacientes do dia oito em diante conseguiram. No meio desse processo, nós tivemos alguma dificuldade por quedas de sistema e dificuldade de acesso que já foram corrigidas e aí nós conseguimos fazer todas as notificações”, declarou Batista ao portal G1.

Além disso, o diretor disse que a os casos do novo coronavírus estão sendo concentrados na unidade da Zona Sul da capital paulista para resguardar os colaboradores.

“A questão de dedicarmos o hospital é justamente para preservar a equipe. Uma vez que eu tenho as equipes em múltiplos hospitais em contato com todos os pacientes, teoricamente, eu teria mais equipes infectadas”, declarou Batista.