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Após a declaração de que o Covid-19 escalou para uma pandemia, aglomerações em eventos estão sendo proibidas em muitos países. A NBA, a liga de basquete americana, que suspendeu a temporada após um dos atletas do Utah Jazz, Rudy Gobbert, testar positivo para o coronavírus. Seu colega de time, Donovan Mitchell, também testou positivo. O Utah Jazz disputaria uma partida contra o Oklahoma City Thunder sem a presença do público, mas o jogo foi adiado logo que o teste foi confirmado. Todos os jogadores, comissões técnicas e profissionais de imprensa que estavam lá tiveram que passar por exames para detectar o vírus. Dias atrás, Gobbert debochou da doença ao tocar todos os microfones de jornalistas durante uma coletiva de imprensa.

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No futebol, a partida decisiva das oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa entre PSG e Borussia Dortmund, na França, foi disputada com portões fechados. Outros jogos da fase eliminatória seriam disputados na semana que vem, como Manchester City e Real Madrid, em Londres, mas foram adiados. Os campeonatos nacionais da Espanha, da Itália, de Portugal e de muitos outros países também estão suspensos enquanto a doença não for controlada — uma lista que cresce a cada hora. Os que ainda não suspenderam, consideram a realização de partidas sem torcida e apenas com profissionais autorizados no interior dos estádios. Na Austrália, onde seria realizada a primeira etapa da temporada da Fórmula-1 deste ano, a prova foi adiada. A movimentação começou após a McLaren desistir de participar da corrida, motivada por um dos funcionários da equipe ter testado positivo para o coronavírus. O Brasil ainda não cancelou eventos esportivos, mas já há os que pensam em considerar a questão. Na noite de quarta-feira 11, São Paulo e Flamengo jogaram em seus estádios para públicos de 40 mil e 60 mil pessoas, respectivamente.

ATIVISMO
Um dia sem elas

VAZIO Uma mulher limpa um vidro na Cidade do México num dia em que muitas não saíram de casa. No cartaz: “Estamos juntas com as que nos fazem gigantes”, em espanhol (Crédito:Pedro PARDO / AFP)

No México, o Dia Internacional da Mulher ressoou na segunda feira 9. Em uma greve nacional de mulheres, num protesto contra o aumento do feminicídio no país, elas não foram trabalhar ou estudar. Desde os primeiros dias da manhã, percebeu-se a falta da presença feminina nas ruas mexicanas. Nas escolas, por exemplo, muitas cancelaram as aulas pela falta de professoras. Ao menos metade dos bancos não funcionou. A paralisação ocorreu após uma grande marcha das mulheres no domingo 8, em que ao menos 80 mil pessoas tomaram as ruas da Cidade do México. Em 2019, 1006 feminicídios foram registrados no México. A proposta do ato havia sido feita por um pequeno coletivo feminista de Veracruz, chamado “Las Brujas del Mar”, que se surpreendeu com a maciça adesão das mexicanas.

SAÚDE
Estudo sugere cura do segundo paciente com HIV

SubstanceP

Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Cambridge apontou que um paciente não apresenta mais o HIV nas amostras de seu sangue, após ele ser submetido a um transplante com células-tronco. O estudo ocorreu dois anos e meio após ele interromper o tratamento contra o vírus. Esse é o segundo caso de cura da infecção já registrado na história da medicina. O primeiro caso aconteceu em Berlim, em 2011.

JUSTIÇA
Racistas condenados

Reprodução/Instagram

Dois homens foram condenados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por racismo e injúria racial contra a apresentadora Maju Coutinho. O juiz Eduardo Pereira dos Santos Júnior, da 5ª Vara Criminal da Capital Paulista, entendeu que os acusados usaram perfis falsos para proferir injúrias raciais contra a jornalista de forma coordenada. Além disso, o juiz considerou que os acusados cometeram corrupção de menores ao incluir três adolescentes nos ataques. A sentença é de cinco anos de reclusão em regime aberto para um e seis meses para o outro, mais multas. Ambos podem recorrer em liberdade.

MEIO AMBIENTE
O ano mais “tranquilo”

O Ibama registrou 2019 como o ano com o menor número de multas ambientais aplicadas desde 1995. São 9.700 multas contra 14.700 em 2018 — uma redução de 34%. A queda nada tem a ver com a falta de ocorrências e sim com o desmonte dos órgãos ambientais promovido pelo governo. Afinal, não faltaram denúncias sobre desmatamento e queimadas no ano passado. Quando Ricardo Salles assumiu a pasta do Meio Ambiente, em fevereiro de 2019, ele exonerou 21 dos 27 gestores regionais do Ibama. Seis meses depois, 19 vagas não haviam sido preenchidas — o que ajuda a entender a falta de multas. Para se ter noção, 1995 também foi o ano com maior desmatamento registrado na série história do Ibama.