O Corinthians se tornou tricampeão da Supercopa do Brasil de futebol feminino ao derrotar o Cruzeiro por 1 a 0, neste domingo, na Neo Química Arena, que contou com um público de mais de 33 mil torcedores. A equipe alvinegra continua sendo a única que venceu esta competição.

“É surreal a gente viver isso aqui. Parece rotina, mas cada dia que a gente está aqui é mais emocionante, é mais vibrante sentir o apoio da torcida. E só tenho que agradecer. Agradecer a Deus, minha família, cada atleta e comissão. Corinthians de modo geral, por proporcionar isso para cada atleta aqui dentro. Mais um ano começando com o pé direito, com o título. Mas é assim, o Corinthians vai brigar de novo por tudo. E esse jogo, principalmente, é um jogo gostoso. Um jogo até o final emocionante, com VAR. Mas graças a Deus a gente pôde sair com o título mais uma vez”, disse Duda Sampaio, em entrevista ao canal SporTV.

Para ser campeão e embolsar uma premiação de R$ 600 mil, o Corinthians passou por Internacional (4 a 2) e Ferroviária (2 a 0), além do próprio Cruzeiro. Já a equipe celeste, que se tornou vice-campeã da Supercopa pela primeira vez e recebeu R$ 400 mil, havia despachado pelo caminho Real Brasília (1 a 0) e Avaí Kindermann (3 a 0).

A partida, que estava até certo ponto tranquila, ganhou em emoção e em polêmica nos minutos finais, quando o Cruzeiro teve um gol anulado. A arbitragem pegou um toque na mão de Byanca Brasil no momento do gol, o que gerou muita irritação por parte da comissão técnica da equipe celeste, tanto que o médico foi expulso.

“Eu e toda a torcida do Cruzeiro estamos orgulhosos. É um trabalho de quase dois anos, muito novo. Enfrentar o Corinthians aqui na Neo Química, sendo que nunca perdeu aqui e conquistou todos os títulos possíveis, é muito difícil. Fizemos o que foi possível. Eu sou 100% Cruzeiro. Tenho uma relação muito linda pelo Corinthians, mas uma vez que entrei nesse projeto, minhas energias são todas pelo Cruzeiro”, afirmou Ronaldo, dono da SAF do Cruzeiro

Na primeira competição de Lucas Piccinato como técnico do Corinthians – assumiu a vaga de Arthur Elias que foi para a seleção brasileira -, a equipe da casa viu um Cruzeiro aguerrido que chegou a balançar as redes aos seis minutos, com um gol contra de Yasmin. O VAR, no entanto, analisou o lance e pegou impedimento de Marília.

Após se recuperar do susto e empurrado pela torcida que lotou a Neo Química Arena, o Corinthians passou a tomar conta da partida e quase abriu o placar aos 14, com Gabi Portilho, que pegou a sobra e jogou pela linha de fundo.

O duelo passou a ser franco nos minutos finais do primeiro tempo, com ambos os times atacando. Na melhor oportunidade, aos 31, Byanca Brasil recebeu belo lançamento e saiu na frente de Kemelli. A camisa 10 tentou por cavadinha e jogou para fora.

No segundo tempo, o Corinthians voltou com outra postura e abriu o placar aos dois. Duda Sampaio cobrou falta e contou com a falha da goleira Taty Amaro para jogar a bola no fundo das redes. O segundo poderia ter saído aos dez, mas o arremate de Gabi Portilho ficou no travessão.

Acostumado em levantar taças no feminino, o Corinthians soube controlar o jogo sem levar muitos sustos. A única vez que bobeou, aos 41, viu Byanca Brasil invadir a área e mandar para o gol. No entanto, a arbitragem voltou a anular um gol do Cruzeiro. Desta vez, pegou toque de mão.

Com isso, o Corinthians apenas esperou o apito final para confirmar o terceiro título da Supercopa do Brasil Feminina.

“A CBF tem feito o trabalho de fomentar o futebol feminino em todo o Brasil. Estamos nos qualificando em todos os setores e buscando parceiros para termos mais visibilidade e receita. Nosso compromisso é em crescer o futebol feminino”, finalizou Ednaldo Ferreira, presidente da CBF.

subindo