O Corinthians foi eliminado da Copa do Brasil pelo Atlético-GO, na última quarta-feira, após não sair do empate em 0 a 0, em Goiânia. Apesar de ser uma queda precoce, apenas na terceira fase da competição e para um clube considerado “menor”, não há vexame e os resultados passaram longe disso. É preciso reconhecer que, hoje, o Dragão é um time melhor. Essa é a realidade.

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Embora o reconhecimento desse fato seja simples de assimilar, há a necessidade de pontuar alguns erros que ajudaram a potencializar essa inferioridade do Timão em relação ao adversário. A atuação de Sylvinho nesse jogo de volta foi de omissão em relação ao desenho da partida. A manutenção dos três volantes, a insistência em jogar sem centroavante e a opção por deixar Mateus Vital no banco, foram inexplicáveis para quem buscava vencer o jogo.

Mais uma vez a equipe exagerou nos cruzamentos (foram 50), muitos deles antes da entrada de Jô, o centroavante do elenco. Fica difícil entender o motivo dessa estratégia, se ela continuar, está fadada ao fracasso contínuo. Além disso, no primeiro tempo já era possível notar que jogar com três volantes era um exagero e que havia a necessidade de um jogador decisivo como Vital.

Como dito acima, foram erros bastante evidentes por parte da comissão técnica, que demorou a mexer no time, mas a verdade é que não havia muito mais o que fazer. A desvantagem de 2 a 0 para uma equipe que normalmente tem dificuldades para fazer um gol acabou sendo fatal, principalmente diante de um adversário que hoje é muito mais organizado e melhor como time.

E esse é um dos pontos a serem levados em conta na eliminação. Atualmente, na condição em que está o Corinthians e com o elenco que tem, não é nenhuma vergonha perder para o Atlético-GO, pelo contrário, é normal. Não há como cobrar mais do que isso neste momento. O objetivo é que o time possa evoluir degrau por degrau até retomar a sua grandeza no cenário nacional.

A briga do Timão, hoje, é para evitar qualquer problema com rebaixamento no Campeonato Brasileiro e, pelo equilíbrio entre os adversários do meio para baixo da tabela, a briga será dura para cumprir essa meta ao longo de 38 rodadas. Por isso, talvez o tempo de trabalho daqui pra frente, acertando o time aos poucos, possa ser crucial para que o 2021 alvinegro termine na elite.

Há algumas constatações difíceis de serem digeridas, mas isso precisa acontecer para que os passos para frente possam ser dados. Uma delas é a de que o Corinthians não tem condições de disputar títulos ou posição no topo da tabela com os principais favoritos, ou até mesmo com boa parte daqueles “intermediários”. A realidade, atualmente, é pensar com humildade.