Corinthians acumula déficit de R$ 103 milhões em 2025 e dívida atinge recorde de R$ 2,7 bi

A dívida do Corinthians continua crescendo em um patamar alarmante e alcançou a marca inédita de R$ 2,7 bilhões. A informação é apontada no balancete de julho, divulgado pelo clube nesta sexta-feira, 10. De acordo com o documento, o clube acumula um déficit de R$ 103 milhões até aqui neste ano.

Em contrapartida, o Corinthians viu cair de maneira sutil o valor devido à Caixa Econômica Federal pela Arena em Itaquera. Ao final do primeiro semestre de 2025, a pendência estava em R$ 675,2 milhões e agora caiu para R$ 655,3 milhões. A redução se deve, principalmente, pela amortização dos juros pela vaquinha promovida pela Gaviões da Fiel, torcida organizada, desde novembro de 2024.

Sem levar em consideração a dívida pela Arena, o Corinthians tem um endividamento próximo de R$ 2 bi. O montante equivale a empréstimos, salários e encargos trabalhistas.

No início desta semana, o Conselho Deliberativo do Corinthians aprovou, por unanimidade, uma revisão orçamentária em suas contas. Agora, o clube prevê fechar o anos com um déficit de R$ 83 milhões, após projetar superávit de R$ 34 mi no exercício, ainda no orçamento da gestão de Augusto Melo.

O departamento de futebol teve um superávit de R$ 13 milhões no período, mas esse déficit é impulsionado pelo resultado do clube social, que ficou no vermelho, com um balanço operacional negativo de R$ 26,5 milhões.

O presidente Osmar Stábile trabalha em diversas frentes para tentar amenizar os problemas de fluxo de caixa do clube. Um de seus principais objetivos é negociar os naming rights da Neo Química Arena por um valor três vezes maior que o atual acordo com a Hypera Pharma. O contrato, assinado em 2020, firmou o aporte em aproximadamente R$ 300 milhões até 2040, data do fim do vínculo.

Os problemas financeiros do Corinthians esbarram no planejamento do departamento de futebol. O clube sofreu transfer ban da Fifa em razão da dívida de R$ 33 milhões com o Santos Laguna pela compra do zagueiro Félix Torres. A entidade máxima do futebol também impôs outras condenações pela falta de pagamento na contratação de jogadores e o valor a ser pago chega a R$ 120 milhões.