PEQUIM, 27 JUL (ANSA) – Em um anúncio inesperado, as Coreias do Norte e do Sul formalizaram um acordo para restabelecer a comunicação oficial entre os governos nesta terça-feira (27).   

As conversas estavam paralisadas há cerca de 13 meses, depois que o ditador Kim Jong-un cortou relações de maneira unilateral por conta de atividades de “propaganda” do Sul.   

Kim e o presidente Moon Jae-in trocaram cartas formais oficializando a proposta de “melhorar as relações” entre Pyongyang e Seul. Esse foi o primeiro passo para reiniciar as linhas de comunicação existentes entre as duas nações.   

“[Eles] concordaram em dar um grande passo adiante para recuperar a confiança recíproca e na promoção da reconciliação, retomando as interrompidas linhas de comunicação intercoreanas graças às numerosas trocas de cartas pessoais”, diz o comunicado formal do governo de Seul.   

A agência de notícias sul-coreana Yonhap informou que Kim e Moon começaram a trocar as cartas pessoais em abril em favor da retomada e compartilharam diversas preocupações e metas para reativar a reconciliação intercoreana.   

As relações estavam aparentando melhora desde a posse de Moon, mas em junho do ano passado, Kim interrompeu a comunicação por considerar que ativistas de Seul estavam “atacando” seu país com propagadas.   

O primeiro encontro entre os dois líderes ocorreu em 2018 em Panmunjom, a “vila da trégua” na fronteira entre as Coreias na chamada zona desmilitarizada (DMZ). Sucessivamente, Moon e Kim se reuniram mais duas vezes, conseguindo fechar acordos para diminuir a tensão militar e a “construção da confiança recíproca”. (ANSA).