Um professor universitário muito próximo do presidente sul-coreano e partidário do diálogo com Pyongyang foi anunciado nesta sexta-feira como ministro da Unificação, responsável pelas questões relacionadas à Coreia do Norte.
A substituição de Cho Myoung-gyon por Kim Yeon-chul acontece uma semana depois da segunda reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o dirigente norte-coreano, Kim Jong Un.
O encontro, em Hanói, terminou de forma repentina, sem um acordo entre os governantes para uma declaração conjunta.
Apesar do fracasso, o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, pediu na segunda-feira a Estados Unidos e Coreia do Norte que retomem o mais rápido possível as negociações sobre a desnuclearização.
Moon, que foi eleito há dois anos com uma campanha em que defendia o diálogo com o Norte, no momento em que península estava à beira da guerra nuclear, também pediu a seus ministros que analisem o que provocou o fracasso do encontro da semana passada.
Kim Yeon-chul, muito próximo ao presidente Moon, dirigia desde o ano passado o Instituto Coreano para a Unificação Nacional, um órgão governamental.
No ano passado, ele celebrou a decisão de aproveitar a organização dos Jogos Olímpicos de Inverno na Coreia do Sul para estender a mão ao Norte. As Olimpíadas de Pyeongchang, em fevereiro de 2018, representaram o primeiro ato concreto de aproximação entre as Coreias após muitos anos de tensão.
“Kim é um especialista da cooperação econômica com a Coreia do Norte e seus temas nucleares”, afirmou a Casa Azul, sede da presidência sul-coreana.