Coreia do Sul e Japão protestaram oficialmente nesta quarta-feira (10) pelas patrulhas conjuntas de aviões militares chineses e russos perto dos dois países, o que provocou a mobilização dos caças de Seul e Tóquio.
A Coreia do Sul apresentou um protesto aos representantes da China e da Rússia, enquanto o Japão declarou ter “graves preocupações” com a segurança nacional.
Segundo Tóquio, dois bombardeiros russos Tu-95, capazes de transportar armas nucleares, voaram na terça-feira a partir do Mar do Japão e se uniram a dois bombardeiros chineses H-6 no Mar do Sul da China. Em seguida, realizaram um voo conjunto ao redor do país.
O Japão tem um conflito diplomático com a China desde os comentários que a primeira-ministra Sanae Takaichi fez sobre Taiwan.
Os voos conjuntos dos bombardeiros foram “claramente uma demonstração de força contra a nossa nação”, escreveu o ministro da Defesa, Shinjiro Koizumi, na rede social X.
O porta-voz do governo, Minoru Kihara, afirmou que Tóquio “transmitiu à China e Rússia as nossas graves preocupações sobre a nossa segurança nacional por meio de canais diplomáticos”.
A Coreia do Sul afirmou que aviões militares russos e chineses entraram na terça-feira em sua zona de defesa aérea e que apresentou uma reclamação aos adidos de Defesa dos dois países na capital sul-coreana.
Seul indicou que havia mobilizado “aviões de combate para tomar medidas táticas em preparação para alguma contingência”, em resposta às incursões chinesas e russas na zona coreana de identificação de defesa aérea.
Os aviões foram detectados antes de entrar na zona de defesa aérea, definida como uma área mais extensa na qual os países vigiam o movimento de aviões, mas que não constitui o seu espaço aéreo territorial.
A China confirmou posteriormente que havia organizado manobras com as Forças Armadas russas, de acordo com os seus “planos anuais de cooperação”.
A Rússia qualificou o caso como um exercício de rotina que se prolongou por oito horas.
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