PEQUIM E WASHINGTON, 21 ABR (ANSA) – As autoridades da Coreia do Sul informaram nesta terça-feira (21) que “não há nada de incomum” acontecendo na vizinha Coreia do Norte após a mídia norte-americana dizer que o ditador Kim Jong-un estaria em estado de saúde grave após uma cirurgia.

De acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap, tanto fontes ouvidas pela reportagem como o porta-voz de Seul, Kang Min-seok, confirmaram a informação. “Não há sinais incomuns identificados dentro da Coreia do Norte. Não há nada que possamos confirmar com relação ao alegado problema de saúde do presidente Kim”, disse ainda.

No fim da noite desta segunda-feira (20), diversos jornais e emissoras dos Estados Unidos noticiaram, citando fontes de inteligência do governo de Donald Trump, que Kim Jong-un teria sofrido complicações em uma cirurgia. Alguns, inclusive, chegaram a noticiar uma morte cerebral do ditador.

Apesar de ser o país mais fechado do mundo, a Coreia do Norte sempre divulga imagens de celebrações consideradas importantes para o governo ditatorial. Por conta disso, os rumores sobre a saúde do líder começaram a ganhar força após Kim não aparecer nas celebrações que lembravam o nascimento de seu avô Kim II-Sung no dia 15 de abril. Desde o dia 11 desde mês, inclusive, o ditador não aparece em nenhuma transmissão da televisão estatal – seja em comunicados ou nos campos de teste de mísseis. O site “Daily NK”, formado por dissidentes norte-coreanos, informou que a cirurgia de Kim foi realmente realizada no dia 12 de abril e que a saúde dele vem piorando nos últimos meses por conta do tabagismo, obesidade e excesso de trabalho. Segundo o portal, o líder estaria se recuperando da operação em um resort em Hyangsan.

O governo da China, principal aliado da Coreia do Norte, não quis comentar a notícia e se limitou a dizer que os dois países “são vizinhos amigos, unidos por montanhas e rios”.