A Coreia do Norte testou seu novo modelo de “míssil de cruzeiro de longo alcance” neste fim de semana, anunciou uma agência de notícias estatal na manhã de segunda-feira (noite de domingo, 12, em Brasília), e classificou a operação de “bem-sucedida”.

O lançamento-teste ocorreu no sábado e neste domingo e foi supervisionado por altos funcionários, informou a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA).

Os mísseis viajaram por 7.580 segundos sobre a Coreia do Norte e suas águas territoriais, atingindo alvos a 1.500 km de distância, acrescentou a KCNA.

A agência chamou o míssil de “uma arma estratégica de grande significado”, acrescentando que “a eficiência e a funcionalidade da operação do sistema de armas foram confirmadas como excelentes”.

Ainda segundo a agência, o desenvolvimento do sistema de mísseis tem “importância estratégica”, dando à Coreia do Norte “outro meio de dissuasão” para se proteger e “conter fortemente as manobras militares das forças hostis”.

O Pentágono não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre o anúncio de lançamento.

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Pyongyang enfrenta inúmeras sanções internacionais por seus programas nucleares e balísticos, que continua a desenvolver.

As negociações nucleares com os Estados Unidos estão paralisadas desde 2019, e o país empobrecido não demonstrou disposição de abandonar seu arsenal atômico. Em vez disso, renegou os esforços da Coreia do Sul para reiniciar o diálogo.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse em agosto que Pyongyang parecia ter reativado o reator nuclear de Yongbyon, alertando que era um desenvolvimento “profundamente perturbador”.

Na semana passada, a Coreia do Sul testou um míssil balístico de fabricação própria lançado por submarino, uma tecnologia que seu vizinho ao norte quer desenvolver.

Pyongyang exibiu quatro desses mísseis em janeiro durante um desfile militar supervisionado pelo líder norte-coreano, Kim Jong Un, chamando-os de “a arma mais poderosa do mundo”, segundo a KCNA.

Mas, embora a Coreia do Norte tenha divulgado fotos de lançamentos subaquáticos, os mais recentes em 2019, analistas acreditam que eles foram lançados de plataformas fixas e não de um submarino.


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