Coreia do Norte lança míssil balístico não identificado, afirma Seul

A Coreia do Norte lançou, nesta sexta-feira (7), pelo menos um “míssil balístico não identificado”, informou o Exército sul-coreano, oito dias após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovar a construção de um submarino de propulsão nuclear por Seul.

“A Coreia do Norte lança um míssil balístico não identificado em direção ao Mar do Leste”, afirmou o Estado-Maior Conjunto do Sul, utilizando o nome coreano para o Mar do Japão.

O míssil foi lançado às 12h35 (00h35 de Brasília) de uma área ao norte da capital norte-coreana, Pyongyang, e percorreu cerca de 700 quilômetros, segundo o Exército da Coreia do Sul.

O míssil caiu no mar, fora das águas econômicas do Japão, e não foram relatados danos ou feridos, indicou a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi.

O ministro japonês da Defesa, Shinjiro Koizumi, afirmou que os testes balísticos da Coreia do Norte são “absolutamente imperdoáveis” e advertiu que “nunca é cedo demais para acelerar esforços e renovar nossas capacidades de defesa”.

“Vamos examinar as medidas a tomar para proteger (…) a paz de nosso país e as vidas de nosso povo, sem descartar nenhuma opção”, acrescentou Koizumi.

A Rússia, por outro lado, defendeu o lançamento de seu aliado e afirmou que Pyongyang tem o “direito legítimo”.

“Respeitamos o direito legítimo de nossos amigos da DPRK (Coreia do Norte) de garantir sua segurança e adotar medidas para isso”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Trump anunciou na semana passada que Seul construiria seu submarino de propulsão nuclear nos Estados Unidos, onde a tecnologia nuclear é um dos segredos militares mais sensíveis e bem guardados.

Ao contrário dos submarinos a diesel, que precisam emergir periodicamente para recarregar suas baterias, os submarinos de propulsão nuclear podem permanecer submersos por muito mais tempo.

Os analistas afirmam que o desenvolvimento de uma embarcação desse tipo representaria um avanço significativo na base industrial naval e de defesa da Coreia do Sul.

Desde que um encontro de cúpula em 2019 entre o líder norte-coreano Kim Jong Un e Trump fracassou devido ao alcance da desnuclearização e ao alívio das sanções, Pyongyang se declara um Estado nuclear “irreversível”.

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