A Coreia do Norte lançou “vários mísseis de cruzeiro” em direção ao Mar Amarelo, situado entre a China e a península coreana, informou, neste sábado (22, noite de sexta em Brasília), a agência sul-coreana Yonhap, citando o Estado-Maior do Exército da Coreia do Sul.

Os lançamentos, que segundo a Yonhap ocorreram por volta das 4h00 locais (16h00 de quinta em Brasília), chegam no momento em que as relações entre as duas Coreias estão em um de seus pontos mais baixos historicamente.

“Autoridades de inteligência de Coreia do Sul e Estados Unidos estão analisando os lançamentos”, informou a Yonhap.

Os mísseis foram lançados apenas três dias depois de o regime de Pyongyang disparar dois mísseis balísticos em sua outra costa, em direção ao Mar do Leste, também conhecido como Mar do Japão.

Os lançamentos recentes são os últimos de uma série de testes armamentistas do regime norte-coreano. Eles acontecem no momento em que Seul e Washington estão incrementando a cooperação em defesa diante do aumento das tensões com o Norte.

A diplomacia entre Pyongyang e Seul está estancada e líder norte-coreano Kim Jong Un pediu ao regime que acelere seu desenvolvimento armamentista, incluindo armas nucleares táticas.

Em resposta, Seul e Washington realizaram exercícios militares com o uso de jatos furtivos avançados e outros ativos americanos estratégicos.

Na quinta-feira, o ministro da Defesa da Coreia do Norte, Kang Sun Nam, disse em comunicado que o envio de um submarino com armamento nuclear para a Coreia do Sul “poderia cair nas condições de uso de armas nucleares especificadas por lei na RPDC [República Popular Democrática da Coreia, o nome oficial do país] sobre a política de força nuclear”.

Os acontecimentos deste sábado também chegam no momento em que se acredita que um soldado americano está detido na Coreia do Norte após abandonar uma excursão turística à Zona Desmilitarizada e cruzar a fronteira.

Os Estados Unidos se disseram “muito preocupados” com o tratamento ao qual estaria sendo submetido o soldado de segunda classe Travis King. Até ontem, Pyongyang ainda não havia respondido aos questionamentos sobre o soldado americano.

King deveria ter retornado aos Estados Unidos para enfrentar um procedimento disciplinar após passar um tempo preso na Coreia do Sul por agressão.

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