Coppola escolhe Calábria como cenário de próximo filme

CATANZARO, 15 JUL (ANSA) – O diretor ítalo-americano Francis Ford Coppola revelou nesta terça-feira (15) que está visitando algumas locações na Calábria, no sul da Itália, para gravar seu próximo filme.   

Em entrevista ao programa de notícias TGR Calábria, Coppola disse que a região é “uma terra linda e famosa” e, portanto, sua nova produção “se concentrará em suas belezas”.   

“Estou aqui para visitar algumas locações de um novo projeto pelo qual sou muito apaixonado”, confirmou o vencedor de cinco estatuetas do Oscar.   

Segundo o diretor de “O Poderoso Chefão (1972)”, “a Calábria é uma região muito famosa por sua máfia”, mas não está interessado nisso. “Meu filme, no entanto, se concentrará exclusivamente nas belezas desta região”.   

O anúncio foi recebido pelo governador regional, Roberto Occhiuto, com “entusiasmo”: “É uma grande alegria ter Francis Ford Coppola aqui. Mostraremos a ele que esta terra é um cenário natural extraordinário. Espero que esta iniciativa leve a algo concreto que conte ao mundo sobre as maravilhas desta região”, ressaltou.   

Festival de Cinema – Coppola iniciou sua visita à Itália para participar de uma prévia do Festival de Cinema de Magna Grécia, evento cinematográfico marcado para entre 26 de julho e 2 de agosto, em Soverato.   

Ontem (14), o ítalo-americano esteve presente na exibição de seu novo filme, “Megalópolis”, estrelado por Adam Driver e Nathalie Emmanuel, e discursou sobre a importância de falar sobre o futuro, enfatizando que “não há problema que os humanos não possam resolver”.   

“Somos todos parte de uma família, a família humana. Nossas diferenças físicas dependem de fatores climáticos, mas todos viemos da mesma espécie […]. Cada ser humano tem um dom, mesmo que nem sempre o saiba. Os humanos podem enviar uma nave espacial a Marte, podem decifrar o genoma. Devemos ter fé em nós mesmos”, afirmou.   

O diretor também abordou questões políticas, alertando que, “quando a política se torna uma carreira, o senso de serviço se perde”.   

“O poder não pode ser uma carreira. Se se torna uma profissão, a política deixa de servir ao bem comum. Ela serve apenas a si mesma”, disse.   

Por fim, Coppola se dirigiu às mulheres, que “dão vida e sabem o que é necessário para protegê-la: água, comida, segurança, amor”. Para ele, “se mais líderes no mundo tivessem essa sabedoria natural, viveríamos em um mundo diferente”. (ANSA).