SÃO PAULO (Reuters) – A companhia elétrica Copel está estudando oportunidades para atuar no mercado de geração distribuída de energia, disse nesta quarta-feira o CEO, Daniel Slaviero.

“A gente enxerga tanto uma oportunidade defensiva da migração dos clientes que estão na nossa base (da distribuidora) no Paraná, como também uma oportunidade que possa surgir em outras unidades da federação”, afirmou, em teleconferência para comentar os resultados trimestral divulgados na véspera.

Ele não deu detalhes sobre quais seriam as oportunidades vislumbradas, mas disse que pretende divulgá-las “em breve”.

A estatal paranaense registrou um prejuízo líquido de 522,37 milhões de reais no segundo trimestre, principalmente em função de uma provisão por conta da devolução, aos consumidores de energia, de créditos tributários de PIS e Cofins.

A companhia está estudando medidas cabíveis, inclusive judiciais, relacionadas ao tema, uma vez que entende que parte desses créditos são de direito da distribuidora, disse o CFO da Copel, Adriano Moura.

DIVIDENDOS

Questionado sobre o impacto do prejuízo nos dividendos, Slaviero comentou que a política da companhia não prevê ajustes nos indicadores de lucro e Ebitda por efeitos não recorrentes para o cálculo da distribuição de proventos.

Por outro lado, ele ressaltou que a política estabelece a possibilidade de pagamento de dividendos extraordinários, a qual será analisada no terceiro trimestre.

COMPAGAS

O CEO também mencionou que houve um pequeno atraso no processo de renovação da concessão de sua controlada Compagas, distribuidora de gás canalizado. Considerando o processo eleitoral no fim do ano, a Copel passou a prever que a venda de sua participação na Compagas acontecerá somente em 2023, disse Slaveiro.

(Por Letícia Fucuchima)

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