SÃO PAULO, 12 JUL (ANSA) – A ONG Fare Network, uma entidade parceira da Fifa que monitora questões de discriminação, revelou hoje (12) que foram registrados 45 casos de assédio sexual na Copa do Mundo de 2018, na Rússia.   

No entanto, apesar dos dados apresentados, a própria Fare alerta que os números de assédios na Copa podem ter sido 10 vezes maiores, já que, na maioria das vezes, os abusos não são registrados.   

Segundo Piara Power, diretor da entidade, dos 45 casos, 15 deles foram contra jornalistas, que foram atacadas ou beijadas à força por torcedores enquanto trabalhavam nas ruas de cidades russas e estádios.   

“Estes casos aconteceram fora dos estádios e soubemos pela mídia e redes sociais, que nos permitem monitorar de uma maneira muito melhor a situação”, disse Federico Addiechi, chefe de sustentabilidade e diversidade da Fifa.   

Ainda de acordo com a Fifa e a Fare, os torcedores que foram identificados nos casos de assédio passaram a ser impedidos de entrar nos estádios.   

Addiecho ainda afirmou que, apesar da seriedade dos casos, está “satisfeito”com a situação, já que o número de incidentes “foi pequeno”.   

O caso mais notório é o do grupo de brasileiros que cercou uma jovem estrangeira e a fez repetir frases que remetiam ao seu órgão sexual, sem que ela soubesse seu real significado. (ANSA)