Conhecido como os “Leões do Atlas”, a seleção do Marrocos chega ao Catar cheia de expectativa após voltar a um mundial de forma seguida depois de 36 anos. Com bons valores individuais espalhados em clubes europeus, os marroquinos vão tentar provar que juntos também poderão fazer uma seleção competitiva.
Eliminatórias Africanas
A seleção marroquina não teve grandes testes durante a etapa classificatória para a Copa do Mundo do Catar. Na fase de grupos, Guiné-Bissau, Guiné e Sudão não demonstraram nenhuma resistência, tanto que o Marrocos foi líder da chave com 12 pontos de diferença para o segundo colocado.
Assim como na primeira fase, o Marrocos não enfrentou um adversário de expressão no mata-mata, mas impôs seu favoritismo empatando em 1 a 1 com o Congo, fora de casa, e goleando por 4 a 1 no jogo da volta. Sendo assim, a vaga para o Catar estava garantida.
Apesar do caminho mais tranquilo para a Copa, a seleção marroquina conquistou algo que não acontecia desde o mundial de 1998, na França. Será a segunda vez na história que os “Leões” vão disputar um mundial de forma seguida. O Marrocos vai para sua sexta Copa do Mundo (1970/1986/1994/1998/2018).
Torcida do Marrocos comemora classificação da seleção para a Copa do Mundo do Catar (Foto: Reprodução Twitter)
Termômetro
É difícil traçar um cenário para o Marrocos no Grupo F da Copa. Ao lado de Bélgica, Croácia e Canadá, os marroquinos passam longe do favoritismo no grupo, mas podem complicar a classificação dos avaliados como os mais fortes da chave.
Um ponto que pode pesar a favor dos Leões é o de que a seleção está recheada de jogadores que atuam no futebol europeu. A equipe é formada desde a defesa com nomes como o goleiro Bono, do Sevilla, Achraf Hakimi, do PSG, além do ataque com o meia Hakim Ziyech, do Chelsea, e o centroavante Youssef En-Nesyri também do Sevilla.
Hakim Ziyech e Achraf Hakimi em ação pela seleção do Marrocos (Foto: Reprodução Twitter)
Nesse caminho, os adversários do Marrocos também vão confrontar uma seleção mais experiente do que aquela do mundial na Rússia em 2018. Por isso, os marroquinos tem jogadores capazes de competir contra Croácia e Bélgica, por exemplo, e fazer uma campanha histórica até as oitavas, assim como em 1986 no México.
Melhor jogador
Apesar do jogador mais valioso da seleção do Marrocos ser o lateral-direito Hakimi, do Paris Saint-Germain, o destaque técnico é o meia Hakim Ziyech, do Chelsea. Aos 29 anos, o jogador terá a missão de comandar o ataque dos Leões.
Natural de Dronten, na Holanda, Hakim tem dupla nacionalidade e até jogou pelas seleções de base da Laranja Mecânica, mas preferiu atuar pelo Marrocos. Pela seleção africana, Ziyech soma 44 jogos com 17 gols e 10 assistências.
Hakim Ziyech atuando pela seleção do Marrocos (Foto: Reprodução Twitter)
Acostumado com o ambiente de pressão, Ziyech não tem conseguido emplacar uma sequência de jogos com a camisa do Chelsea, mas sua qualidade técnica poderá ser de grande valor para um torneio curto como é a Copa do Mundo, ainda mais quando as pretensões marroquinas talvez sejam resumidas aos três jogos da primeira fase.