A Suíça chega para sua 12ª Copa do Mundo, a quinta consecutiva, disposta a dar um salto adiante e finalmente voltar às quartas de final, algo que não consegue desde 1954, quando sediou o torneio. Desde então, oscilações e expectativas frustradas tomaram conta da seleção.

Os resultados recentes talvez criem uma nova expectativa nos suíços. Começando pela Eurocopa 2020 — mas disputada em 2021 — quando pouco brilharam na fase de grupos, mas eliminaram a poderosa França nas oitavas de final e levaram o confronto contra a Espanha até a disputa por pênaltis. Por fim, o bom desempenho nas eliminatórias e na Nations League também credenciam a Suíça a sonhar mais alto.

O Grupo G, porém, não parece dos mais amigáveis para os suíços, que vão encarar o Brasil, considerado um dos favoritos da Copa, além de Sérvia e Camarões. Conhecidos pela forte defesa, agora querem provar que o ataque é funcional também e manter o bom desempenho de 2018, quando empataram contra os brasileiros e venceram os sérvios.

A Suíça espera surpreender e finalmente voltar a passar das oitavas (Foto: Reprodução/Facebook)

Eliminatórias Europeias

A Suíça foi uma das primeiras seleções a carimbar passagem para o Catar, mas só conseguiu na última rodada das eliminatórias. No Grupo C, deixou para trás a favorita Itália, atual campeã europeia, mas a missão não foi das mais fáceis.

Com campanhas idênticas, inclusive dois empates quando se enfrentaram, Suíça e Itália chegaram na última rodada iguais em pontos, com 15 para cada, mas leve vantagem italiana nos gols marcados e no saldo. Mas como em um roteiro de cinema, os suíços levaram a melhor.

As duas partidas começaram ao mesmo tempo. Em casa, a Suíça foi impiedosa contra a Bulgária e goleou por 4 a 0. A Itália, porém, não conseguiu passar pela frágil Irlanda do Norte e foi relegada para a repescagem, onde não conseguiu avançar. Melhor para os suíços, que se garantiram no torneio pela quinta vez seguida.

Melhor jogador

Com 106 participações desde 2011, Granit Xhaka é uma espécie de símbolo recente da seleção suíça. Aos 30 anos, o jogador do Arsenal, da Inglaterra, se encaminha para sua terceira Copa do Mundo consecutiva pronto para tomar o protagonismo do time que tenta dar o salto definitivo em busca da glória.

Granit Xhaka, capitão suíço, vai para sua terceira Copa (Foto: Reprodução/Facebook)

Considerado veterano no meio de uma seleção que abriga jovens promissores, Xhaka é um volante de marcação dura e, por isso, acabou tornando-se o capitão da Suíça. Mesmo assim, apesar da idolatria incontestável em seu país, alterna momentos de amor e ódio com a torcida do Arsenal, clube que defende desde 2016.

Nascido na Suíça, Xhaka é de uma família com ascendência albanesa e que viveu muito tempo em Kosovo, território então pertencente à Iugoslávia. O orgulho pelas origens dos familiares quase causou um incidente diplomático na última Copa do Mundo, no jogo contra a Sérvia, curiosamente país vai encarar novamente em 2022.

Na segunda rodada do Grupo E, a Suíça virou a partida contra os sérvios. Nos gols marcados, Xhaka e o colega Xherdan Shaqiri comemoraram fazendo o gesto de uma águia, que se assemelha com o símbolo da bandeira da Albânia. A comemoração foi uma maneira de provocar a Sérvia, que também fazia parte da antiga Iugoslávia, e acabou gerando uma multa aplicada pela FIFA.

Pela seleção, Xhaka já possui 106 partidas disputadas e 12 gols marcados. Pela posição em que atua, é difícil mesmo que seja um artilheiro, mas já foi guardou bolas na rede nas duas Copas que disputou até o momento. Vem mais por aí no Catar?