 "Golpistas criaram ao menos 30 sites falsos sobre COP-30, aponta levantamento")
Ao menos 30 sites falsos foram criados por criminosos para aplicar golpes utilizando a COP-30 como isca. É o que aponta um levantamento feito pela Kaspersky, divulgado na última quinta-feira, 6.
Os golpistas criaram sites para roubar dados pessoais das vítimas, como informações bancárias. Entre os portais lançados, estão sites governamentais e de hotelaria na cidade de Belém (PA), onde a conferência do clima é realizada. Os suspeitos ainda lançaram um outro portal, desta vez destinado para trabalhadores voluntários da COP-30.
Para o especialista em segurança cibernética João Brasio, esse tipo de golpe revela uma fragilidade cultural das vítimas em não analisarem o site que estão entrando. Ele reforça a necessidade de se verificar os sites que entraram antes de informar qualquer dado sensível.
“Esses golpes revelam menos uma falha técnica e mais uma fragilidade cultural em relação à atenção e aos processos digitais. O phishing é um problema global, presente até em países altamente desenvolvidos, mas no Brasil ele ganha força pela falta de verificação de fontes e pela confiança excessiva em comunicações aparentemente legítimas”, afirma o Brasio. “Ainda precisamos consolidar uma cultura de segurança cotidiana. Isso significa confirmar a origem das informações, evitar clicar em links suspeitos e adotar autenticação em dois fatores.”, completa o especialista.
Criminosos usam COP-30 como isca para atrair vítimas para sites fraudulentos
Nos últimos meses, crimes virtuais com uso de sites falsos divirtam 80%, de acordo com o levantamento da Kaspersky. Para tentar aumentar a proteção da rede cibernética, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) atualizou a Estratégia Nacional de Cibersegurança, com 40 ações para intensificar a segurança virtual. Brasio defendeu o documento e vê a ação como um marco para trazer clareza e capacidade de resposta em caso de incidentes.
“A criação de um estatuto nacional pode representar um marco importante para o país. Se bem implementado, o estatuto pode ser o passo que faltava para o Brasil sair da postura reativa e assumir um papel de protagonismo na prevenção e maturidade digital”, concluiu.
Para se proteger, verifique as fontes oficiais e desconfie de links enviados por e-mail, mensagens ou aplicativos. Analise os endereços de e-mail e site, caso receba algum convite. Um dos indícios que pode contar contra o portal é se houver erros de português na mensagem ou na página principal do site. Evite acessar convites e anexos de contatos desconhecidos.