A escolha da reverenda Jane Silva para o cargo de adjunta da Cultura não agradou até mesmo quem apoiava a ida da atriz Regina Duarte para o comando da Secretaria de Cultura do governo de Jair Bolsonaro.

“A gestão da Regina significava esperança para o nosso setor que estava completamente encurralado pelo poder Executivo. Mas a primeira ação dela como secretária, sem ser nomeada, é essa indicação. Isso é um mau sinal”, disse o produtor Eduardo Barata, presidente da APTR (Associação dos Produtores de Teatro), ao jornal Folha de S.Paulo. Ele espera que a atriz reveja a indicação de Jane.

A atriz escolheu a reverenda como “número 2” da pasta na quinta-feira (23). Jane ocupará o cargo de secretária-adjunta da Cultura “até que haja uma definição sobre a nomeação de Regina Duarte”.

A informação foi confirmada pela Secretaria Especial de Cultura. De acordo com a pasta, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), participou da escolha.

Como adjunta, a reverenda atuará automaticamente como chefe interina da Cultura, já que o cargo de secretário da pasta está vago desde a última sexta-feira (17) quando o dramaturgo Roberto Alvim foi demitido por parafrasear discurso do nazista Joseph Goebbels. Regina Duarte foi convidada pelo presidente para assumir o cargo logo após a exoneração de Alvim.