O contraventor Bernardo Bello foi preso, na sexta-feira (28), em Bogotá, na Colômbia. Segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) havia indícios de que ele pretendia permanecer no exterior para fugir da Justiça. Ele foi denunciado como mandante do assassinato de Alcebíades Paes Garcia por causa de pontos no jogo do bicho e exploração de máquinas caça-níqueis no Rio de Janeiro. As informações são do jornal Extra.

De acordo com o MPRJ, Bernardo embarcou para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em 8 de janeiro deste ano, com uma namorada e cinco crianças. As passagens de retorno ao Brasil estavam marcadas para o dia 25. No entanto, elas foram canceladas de última hora.

De Dubai, Bernardo comprou passagens para Amsterdã, na Holanda. Na sequência, eles foram para a Colômbia.

Nesse momento, o MPRJ considerou que havia indícios de fuga e permanência de Bernardo no exterior, junto com a namorada e cinco crianças.

Por esse motivo, o seu nome foi incluído no alerta vermelho da Interpol. E ele foi detido ao retornar por meio terrestre da cidade de Cartagena das Índias para Bogotá. Ambos os locais ficam em território colombiano.

O superintendente regional da Polícia Federal do Rio, Tácio Mucio, informou que “a PF foi acionada na semana passada e alertada sobre o indivíduo que estava com mandado de prisão em aberto. Começamos a monitorar os seus passos com auxílio das autoridades de Dubai, da Holanda e depois das colombianas. Ele dava indícios de que não pretendia retornar ao Brasil e assim foi planejada a ação de prisão do Bernardo”.

Investigação

No sábado (28), o agente penitenciário Altamir Sena, conhecido como Mizinho, foi alvo de busca e apreensão de objetos pessoais.

Telefonemas interceptados pela polícia, em agosto de 2019, mostram que ele agiu em conjunto com Bernardo no planejamento do assassinato de Alcebíades.

“No mês seguinte temos os indícios do início do monitoramento dos passos da vítima, que era feito pelo Leandro Gouvêa da Silva, conhecido como Tonhão. Ele buscava identificar o melhor momento para o crime. Foi feito o planejamento e a execução no carnaval do ano seguinte”, disse Tácio Mucio.

Mesmo sendo identificado nas escutas, Altamir não foi indiciado e segue em liberdade.

Além de Bernardo, foram detidos Tonhão e o seu irmão Leonardo Gouvêa da Silva, conhecido como Mad. Ambos são apontados pelo MPRJ como integrantes do planejamento e execução de Alcebíades.