O escritório de advocacia que tinha como sócio o desembargador Kassio Nunes, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o STF, foi alvo de uma abertura de inquérito do Tribunal de Contas da União (TCU) por irregularidades na prestação de serviços à antiga Companhia Energética do Piauí  (Cepisa), atual Equatorial Piauí, durante gestão do governador Wellington Dias (PT) de 2008 a 2011. As informações são da Folha de S. Paulo.

Segundo relatório do Tribunal, que analisou o caso em 2011, são pelo menos cinco contratos que foram firmados sem licitação pelo escritório Lex Advocacia com a empresa estatal. Neste mesmo ano, Kassio saiu do escritório para assumir vaga no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). A irmã do desembargador, Karine Nunes, continua sócia da empresa.

O caso foi comunicado ao TCU por iniciativa de um escritório de advocacia que acusou irregularidades na escolha do escritório de Kassio pela Cepisa. O desembargador atuava na época como juiz do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Piauí e, portanto, não poderia exercer a advocacia para uma empresa estatal.