São Paulo, 9 – A contratação de crédito rural nos quatro primeiros meses da safra 2019/2020 (julho a outubro) somou R$ 93,5 bilhões, alta de 6% ante igual período da temporada anterior. Segundo o Ministério da Agricultura, as operações de custeio somaram R$ 54,1 bilhões (+5%), de investimento, R$ 23,2 bilhões (+16%), de comercialização, R$ 9,9 bilhões (-22%) e de industrialização, R$ 6,1 bilhões (+61%).

Ainda conforme a pasta, as contratações de crédito rural pelos médios produtores, no âmbito do Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural), cresceram 33%, para R$ 12,58 bilhões em custeio (+33%) e R$ 1,27 bilhão em investimento (+41%).

Na agricultura familiar, esses financiamentos ficaram em R$ 7,97 bilhões em custeio (+12%) e R$ 6,69 bilhões (+25%) em investimento.

“As operações de financiamento agropecuário com recursos livres tiveram acentuada expansão, passando de R$ 18 bilhões na safra passada, para R$ 21,24 bilhões na safra atual”, disse a pasta, em nota. “Esse aumento é explicado pela contribuição dos recursos da poupança rural e da LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), cujo direcionamento obrigatório para o crédito faz parte do esforço de diversificação das fontes de financiamento agropecuário.

A utilização de recursos da fonte LCA na atual safra atingiu R$ 12,24 bilhões, uma alta de 12%, sendo que nas contrações para custeio esse aumento foi de 28%, se situando em R$ 6,8 bilhões.”

O Ministério diz que em programas de investimento os maiores aumentos foram no Inovagro – Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (+85%), o Programa ABC – Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (+60%) e o Moderagro – Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais (+53%), além do PCA – Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (+51%). “No agregado, os financiamentos de investimento aumentaram 16%, se situando em R$ 23,22 bilhões.”