O Brasil espera mostrar ao mundo, quando enfrentar na segunda-feira a Suíça, que continua sendo forte candidato ao título na Copa do Mundo do Catar, apesar dos desfalques de Neymar e Danilo.

Contra os suíços, no estádio 974, a Seleção tem a chance de se classificar para as oitavas de final de forma antecipada e mostrar autoridade sem seu principal jogador, que machucou o tornozelo direito na estreia contra a Sérvia (vitória por 2 a 0).

Neymar realiza um tratamento de fisioterapia para tentar se recuperar o mais rápido possível e ajudar o time brasileiro na busca pelo hexa no Catar.

O astro do Paris Saint-Germain disse que tem “certeza” de que voltará a ter minutos em campo na Copa, mas a realidade é que o técnico Tite terá que suprir sua ausência na segunda rodada do Grupo G.

O vencedor deste duelo estará automaticamente classificado para a próxima fase se houver empate no outro jogo da chave, entre Sérvia e Camarões.

“Com o talento, com o grupo que temos, com os jogadores que temos, vamos conseguir manter o nosso nível”, disse o zagueiro Marquinhos em entrevista coletiva em Doha.

– As opções de Tite –

Embora o camisa 10 seja um desfalque importante, Tite tem várias opções para substituí-lo.

Devido a suas várias ausências por suspensão ou lesão, a Seleção aprendeu a viver sem sua estrela: sem ele, conquistou a Copa América de 2019 e não perdeu sete jogos das Eliminatórias Sul-Americanas (cinco vitórias e dois empates).

Em quatro destas ocasiões, o meia Lucas Paquetá assumiu sua função. O meia do West Ham ocupou a primeira linha de meio-campo ao lado de Casemiro contra a Sérvia, mas pode jogar mais avançado para a entrada de um volante como Fred ou Bruno Guimarães.

Rodrygo, de 21 anos, também se apresenta como “curinga” e pode exercer o papel de camisa 10, posição que já ocupou no Real Madrid.

Também existe a possibilidade de Everton Ribeiro assumir a criação do time para servir Richarlison, autor de dois gols contra a Sérvia. A chance, no entanto, é menor porque no Flamengo ele costuma jogar pelos lados do campo.

“Há ajustes que podem ser feitos e ser executados de uma ou outra forma. A equipe tem uma bagagem, uma forma de jogar que não vai mudar em momentos de pressão”, disse Tite em entrevista coletiva neste domingo.

– Sem medo –

Os holofotes iluminam o vazio deixado por ‘Ney’, mas a ausência de Danilo também é muito significativa: o lateral da Juventus foi indiscutível no caminho da Seleção até o Catar.

O experiente Daniel Alves, de 39 anos, é o substituto natural, mas Tite também testou o zagueiro Éder Militão, que começou sua carreira na posição.

“Militão é mais defensivo, Dani Alves tem mais mais qualidade”, avaliou o Casemiro.

A Suíça do técnico Murat Yakin parece indiferente ao burburinho em torno do quebra-cabeça de Tite para montar sua equipe.

“Não muda nada para nós e não torna a nossa tarefa mais fácil. Analisamos o time e o papel de cada jogador. Se um jogador não pode atuar, conversamos sobre isso. Mas acho que eles vão conseguir substituir bem o Neymar e precisamos estar preparados”, analisou Yakin em coletiva neste domingo.

A seleção suíça, com o atacante Breel Embolo, vai tentar quebrar a invencibilidade do Brasil, que vem de 16 jogos sem derrota.

“Sabemos do desafio, mas não vamos nos esconder. Sabemos da nossa qualidade e que somos capazes de mostrar”, acrescentou o zagueiro Nico Elvedi. “É possível vencer qualquer equipe do mundo”.

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