Para o Corinthians, o duelo desta terça-feira (11), às 16h, contra a Inter de Limeira, na Neo Química Arena, em Itaquera, pelas quartas de final do Campeonato Paulista, vale mais do que a classificação para ficar entre os quatro melhores times de São Paulo, em 2021, mas também a confirmação da retomada de uma boa fase e um respiro para uma sequência de temporada.

Como os anos de 2020 e 2021 ficaram interligados esportivamente, por decorrência da pandemia do novo coronavírus, o Timão já trouxe um início de má fase da temporada passada, para esta. O clube que passou de virtual eliminado do Paulistão, no ano passado, e chegou até a decisão, sendo derrotado, nos pênaltis, pelo Palmeiras, oscilou no início do Brasileirão, viu o treinador Tiago Nunes ser demitido, passou a lutar contra o descenso, mas teve na chegada do novo comandante, Vagner Mancini, uma sobrevida.

O time que tinha como objetivo fugir do Z-4 começou a emplacar uma vitória atrás da outra, deixou para trás o perigo do descenso e passou a flertar com uma vaga na Libertadores. Contudo, o repertório corintiano com Mancini acabou se esgotando, e o Timão terminou a temporada passada sem o espaço na principal competição da América do Sul e jogando abaixo do que apresentou durante a boa sequência.

O Corinthians entrou neste ano esportivo já com cinco jogo sem vencer e acumulou mais dois. A pressão era grande, mas um período de cinco vitórias, quatro consecutivas, e um empate, em seis jogos, deu sobrevida para o, ainda criticado, Vagner Mancini, que vencia, mas não convencia. Isso porque o único não triunfo dessa sequência foi o empate em 1 a 1 contra o Retrô (PE), time da quarta divisão nacional, que foi amplamente superior ao clube do Parque São Jorge, na segunda fase da Copa do Brasil, e só foi eliminado pelos corintianos na disputa por pênaltis.

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Pausa e retomada do futebol

Foram dezesseis dias de paralisação esportiva, por conta do agravamento do surto de Covid-19 no Brasil, e quando a bola voltou a rolar a sequência de praticamente um jogo a cada dois dias fez com que Mancini dividisse o time em dois e realizasse alguns testes. Os “aprovados”, garantiriam a titularidade na estreia do Corinthians na Copa Sul-Americana, contra o River Plate (PAR), em Assunção, no dia 22 de abril.

Nesse período, alguns atletas então “escanteados”, como Luan e Camacho, começaram a recuperar o seu futebol e arotos, como João Victor, Raul, Piton e Cauê começaram a pedir passagem.

Pela competição continental, dois péssimos resultados e classificação comprometida logo de cara, com o empate sem gols contra o lanterna do campeonato paraguaio, na estreia, e derrota por 2 a 0, em casa, para o principal oponente do grupo, o Peñarol (URU), na segunda rodada do grupo E.

O revés para os uruguaios levou a um protesto de uma das uniformizadas corintianas, a “Camisa 12”, na porta do CT Joaquim Grava, na véspera do clássico contra o São Paulo, há duas semanas, onde cruzes foram colocadas no local com nome de alguns atletas e do técnico Vagner Mancini. Antes, a “Gaviões da Fiel”, outra organizada do Timão, havia emitido uma nota pedindo a demissão do Treinador.

Mas, pelo que parece, o Majestoso foi um ponto de virada para o Corinthians na temporada. Mancini mudou o esquema tático, montando o seu time com três zagueiros, e foi melhor durante boa parte do duelo contra o Tricolor, no qual quase venceu, mas sofreu o empate em 2 a 2, após um pênalti convertido por Luciano no último minuto de jogo.

Após isso, vitória com propriedade, por 3 a 0, contra o Sport Huancayo (PER), pela terceira rodada do grupo E, da Sul-Americana. E, no último domingo, mesmo com o time reserva, triunfo por 2 a 1 sobre o Novorizontino, em Itaquera, jogando muito bem.

O reencontro com o bom futebol e uma campanha sólida no Paulista, onde o Corinthians teve a segunda melhor campanha da primeira fase e foi líder com sobras do grupo A, com sete vitórias, quatro empates e apenas uma derrota, além de ter mais chances de sucesso no Estadual do que no continental, faz do duelo contra a Inter de Limeira, algo fundamental para que a tranquilidade volte a pairar, ainda que momentaneamente, no Parque São Jorge.

Mesmo que na quinta-feira (13), o Timão encara o Peñarol, no Uruguai, precisando imprescindivelmente da vitória para se manter vivo na Sul-Americana, a tendência é de um time titular contra o Leão Limeirense, para só depois pensar no torneio internacional.

Chegar a quinta final consecutiva do Paulistão e conquistar o título pode dar ao Vagner Mancini o sustento de uma calmaria de trabalho próximo do início da terceira fase da Copa do Brasil e do próprio Campeonato Brasileiro.


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