O presidente do grupo de ministros de Finanças da zona do euro (Eurogrupo), Paschal Donohoe, avalia que a economia da região da moeda comum “continua a mostrar resiliência, porém agora em um contexto “mais desafiador”. “A inflação é atualmente o principal desafio econômico que enfrentamos”, afirma a autoridade, em carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, datada do dia 20 e divulgada ao público nesta quarta-feira, 25.

Também ministro da Irlanda, Donohoe nota que a zona do euro perdeu parte de seu impulso econômico, mas lembra que, segundo projeções do Banco Central Europeu (BCE), pode haver retomada de fôlego gradual adiante.

Ele destaca avanços em reformas em países da região, e cita Chipre e Portugal como exemplos. A Grécia é também ressaltada, e Donohoe lembra o fato de que poucos dias atrás o país voltou a ter grau de investimento, na avaliação de agências de rating.

Donohoe diz que a política orçamentária está em um “ponto de inflexão”, com gastos maiores antes necessários para apoiar o quadro diante da emergência de saúde e seus efeitos sendo agora reduzidos.

A autoridade menciona avanços no projeto de um eventual euro digital, em colaboração de anos entre o Eurogrupo e o BCE. Em 18 de outubro, as partes concordaram em seguir para uma próxima fase, mas Donohoe lembra que a decisão sobre adotar ou não a alternativa será feita apenas adiante.

Na carta, Donohoe cita ainda “desafios globais”, como o quadro geopolítico e econômico. Ele afirma que as autoridades da região estão atentas a esses desafios criados pelo atual contexto, e ressalta o trabalho para criar condições necessárias par o crescimento sustentável de longo prazo.