Alvo de crítica das petroleiras, a política de conteúdo local, que exige a aquisição de um porcentual mínimo de produtos e serviços no Brasil, tem hoje a “medida certa”, segundo a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard. “Toda vez que você é criticado por fazer demais e por fazer de menos, tem a certeza de que faz na medida certa.”

Alterações na regra de conteúdo local estão sendo avaliadas por um comitê técnico misto com os Ministérios de Minas e Energia e de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Uma audiência pública também foi convocada pela ANP para 45 dias, para avaliar se não há disponibilidade de embarcações de levantamento sísmico no Brasil desde o ano passado, como alegam as petroleiras.

Na ANP desde 2002, e com mandato até novembro deste ano, Magda vê a agência como um órgão de promoção do desenvolvimento e se diz “apartidária”. “É óbvio que tive um suporte grande (do PT), mas procurei me manter sempre no viés de crescimento do País.”

Para o futuro, ela planeja assumir um trabalho voluntário na área de desenvolvimento. “Adoro a ideia do desenvolvimento de pessoas, de projetos. Deixa passar a quarentena e vou voltar, vou ver como a coisa acontece, quem está metido nisso, como posso participar.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.