ROMA, 17 JAN (ANSA) – O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, encerrou sua visita de dois dias ao Níger e ao Chade na noite desta quarta-feira (16) incentivando o combate ao tráfico de migrantes a nível global. “Sempre disse e repeti várias vezes, mesmo nas várias reuniões do Conselho Europeu, que a União Europeia não pode sofrer o tráfico ilegal de vidas humanas, não pode ser esmagada por esta realidade cruel mas deve impedi-la, como prevenir ameaças terroristas”, afirmou o premier. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa na cidade de N’Djamena, após o término da reunião com o presidente do Chade, Idriss Déby.   

Segundo Conte, tanto o tráfico ilegal de pessoas quanto as ameaças terroristas “são dois fenômenos que têm um impacto muito negativo não apenas na África, mas também na Europa”. Para o italiano, é necessário a criação de uma estratégia para desenvolver uma abordagem estrutural. “Estamos sobrecarregados.   

Pode colapsar sob o impacto da imigração irregular e vamos dividir isso. A Europa está arriscada a pagar a fatura”, acrescentou.   

O primeiro-ministro também ressaltou que é preciso entender a origem desse fenômenos e ir para onde eles se originam. “É a razão pela qual estou hoje no Sahel, no Chade, para conversar com o presidente Déby, para reunir conhecimento em primeira mão e compartilhar objetivos”.   

Durante seu discurso, Conte ainda ressaltou que as autoridades não podem se iludir para salvar vidas, interceptando ou lutando contra um grupo de criminosos. “Se hoje temos tranquilidade no Mediterrâneo central é aparente. Existem outras rotas que estão se desenvolvendo, o fenômeno deve ser combatido em nível global”, finalizou. A região visitada pelo político italiano, que inclui o Níger e Chade, tem sido considerada nos últimos anos um ponto crucial e estratégico para milhares de migrantes afetados pela instabilidade causada por crises do governo, ameaças terroristas, que tentam chegar à Europa. A Itália, por sua vez, tenta reforçar a parceria com os países.   

Recentemente, o governo de Conte abriu uma embaixada em Niamey, capital do Níger, e deu uma ajuda de 50 milhões de euros para reforçar as fronteiras do país, enquanto a União Europeia separou o mesmo valor para a criação de uma força conjunta de cinco nações, incluindo o Chade. (ANSA)