ROMA, 3 MAI (ANSA) – O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, voltou a pedir cautela aos italianos, explicando que a chamada “Fase dois”, plano de reabertura gradual do país no combate à pandemia do novo coronavírus que será iniciado nesta segunda-feira (4), não significar “libertar todos”.
“Estamos entrando na ‘fase dois’ da emergência graças ao poderoso esforço coletivo. Essa nova fase nos custou enormes sacrifícios e é por isso que não pode ser entendida como um ‘todo mundo livre”, afirmou o político italiano em entrevista ao jornal La Stampa, divulgada neste domingo (3).
Na reportagem, Conte explica que o vírus continua circulando entre as pessoas e o país ainda está em “plena pandemia”. Com 28.710 mortos e mais de 209 mil casos do novo coronavírus, segundo o último balanço atualizado no sábado (2), o país entrará em uma nova fase, que prevê a liberação gradual das restrições à circulação das pessoas e a retomada da atividade econômica. Ao todo, mais de 4,5 milhões de cidadãos voltarão ao trabalho. Durante a entrevista, Conte afirmou que o governo está estudando medidas para ajudar os pais que trabalham, mas que não têm com quem deixar seus filhos.
Além disso, ele assegurou que garantirá “pessoalmente” que as autoridades bancárias acelerem o pagamento do auxílio para pequenas empresas e trabalhadores autônomos. “Há uma garantia do Estado e não podemos permitir esses atrasos”, disse.
Ao ser questionado sobre o equilíbrio de responsabilidade entre política e ciência, o premier da Itália ressaltou que nunca pensou em delegar a responsabilidade do governo nacional para a ciência, embora “as divergências de pontos de vista com as regiões sejam fisiológicas”. (ANSA)