A queda na tarifa de energia elétrica em fevereiro puxou a deflação ao consumidor dentro do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) do mês, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) saiu de alta de 0,59% em janeiro para uma ligeira queda de 0,01% em fevereiro.

Sete das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas: Educação, Leitura e Recreação (de 2,30% em janeiro para -0,53% em fevereiro), Habitação (de 0,36% para -0,38%), Transportes (de 0,59% para -0,04%), Alimentação (de 0,64% para 0,35%), Comunicação (de 0,14% para 0,06%), Despesas Diversas (de 0,25% para 0,16%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,32% para 0,31%).

Houve contribuição dos itens cursos formais (de 4,67% para 0,20%), tarifa de eletricidade residencial (de 0,97% para -2,53%), gasolina (de 1,07% para -1,47%), frutas (de 3,36% para 1,44%), mensalidade para TV por assinatura (de 0,80% para 0,16%), alimentos para animais domésticos (de 0,74% para -2,39%) e creme dental (de 0,82% para -0,47%).

Na direção oposta, o grupo Vestuário passou de queda de 0,35% em janeiro para elevação de 0,27% em fevereiro, sob influência de itens como roupas (de -0,63% para 0,36%).

O núcleo do IPC-DI registrou alta de 0,31% em fevereiro, ante um avanço de 0,34% em janeiro.

Dos 85 itens componentes do IPC, 47 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 68,71% em janeiro para 67,99% em fevereiro.