A redução na conta de luz ajudou a desacelerar em março o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), dentro do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). A tarifa de eletricidade residencial passou de queda de 2,44% em fevereiro para recuo de 3,41% no último mês, informou nesta quinta-feira, 7, a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O IPC-DI saiu de uma alta de 0,76% em fevereiro para 0,50% em março, tendo como principal contribuição o recuo do grupo Habitação (de 0,39% em fevereiro para -0,15% em março). No entanto, o freio nos aumentos foi disseminado no mês. Seis das oito classes de despesa que integram o índice apresentaram taxas de variação menores do que no mês anterior.

Além de Habitação, houve redução na variação dos grupos: Transportes (de 1,13% para 0,43%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,44% para 0,19%), Despesas Diversas (de 1,58% para 1,02%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,69% para 0,64%) e Comunicação (de 0,83% para 0,70%).

Os itens com impacto mais relevante foram tarifa de ônibus urbano (de 1,50% para 0,04%), passagem aérea (de 1,75% para -8,01%), cigarros (de 3,28% para 2,12%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 1,00% para 0,41%) e pacotes de telefonia fixa e internet (de 0,82% para 0,00%).

Na direção oposta, cresceram as despesas com Alimentação (de 1,07% em fevereiro para 1,15% em março) e Vestuário (de 0,04% para 0,32%), com destaque para frutas (de 4,95% para 7,40%) e roupas (de -0,11% para 0,53%).