A deflação no Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) de junho, que recuou 0,07%, foi verificada em quatro das oito classes de despesa componentes do índice, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Conta de luz, gasolina e alimentos foram os principais responsáveis pelo alívio na inflação das famílias mais pobres – o IPC-C1 mensura o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos.

Entre as classes de despesa que ficaram no negativo em junho, três registraram decréscimo em suas taxas de variação: Habitação (0,79% para -0,24%), Transportes (0,28% para -0,38%) e Despesas Diversas (0,08% para -0,23%). Os destaques foram os itens tarifa de eletricidade residencial (2,60% para -2,30%), gasolina (1,69% para -2,67%) e alimentos para animais domésticos (0,16% para -1,36%).

A classe Alimentação registrou deflação, mas a taxa de variação acelerou na passagem de maio para junho (-0,26% para -0,16%). O movimento de aceleração foi puxado pelo grupo “hortaliças e legumes” (-3,91% para -0,30%). Ainda assim, o feijão-carioca (-13,71%), a laranja pera (-10,24%) e a batata inglesa (-2,58%) ficaram entre as maiores influências de baixa em junho.

Já a classe Saúde e Cuidados Pessoais desacelerou de uma alta de 0,75% para um avanço de 0,31%. O movimento foi puxado pela deflação no item “medicamentos em geral”, com queda de 0,01%. Em maio, os medicamentos tinham subido 1,63%.

Em contrapartida, aceleraram os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,03% para 0,78%), Vestuário (0,13% para 0,60%) e Comunicação (-0,12% para 0,07%). Os destaques de alta foram: passagem aérea (-7,17% para 22,85%), calçados (-0,05% para 0,58%) e pacotes de telefonia fixa e internet (-0,70% para 0,46%).

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