Um vídeo publicado pela conta de Donald Trump em sua rede social, Truth Social, com manchetes hipotéticas sobre um “Reich unificado” caso o ex-presidente vença as eleições presidenciais de 2024, foi removido depois de receber duras críticas da Casa Branca e dos democratas.

Após a polêmica, os responsáveis pela campanha do republicano retiraram o clipe do ar nesta terça-feira (21).

“Por que levou tanto tempo?”, criticou James Singer, porta-voz da campanha do presidente Joe Biden, ao indicar que o vídeo esteve disponível durante 19 horas na Truth Social.

“O que acontecerá depois que Donald Trump vencer? O que vem a seguir para os Estados Unidos?”, pergunta o clipe de 30 segundos.

Em meio a uma série de manchetes fictícias abordando a suposta prosperidade americana, como “Boom Econômico!” e “A fronteira está fechada”, também é mencionada “a criação de um Reich unificado”.

A Casa Branca reagiu e criticou a “repugnante” promoção de um suposto conteúdo nazista.

“É abominável, repugnante e vergonhoso que qualquer um promova conteúdos associados ao governo da Alemanha nazista de Adolf Hitler”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, acrescentando que espera que Biden fale sobre o tema posteriormente.

Nenhuma referência direta aos nazistas é feita no clipe, mas a palavra “Reich” é comumente usada para se referir ao Terceiro Reich, o Estado da Alemanha nazista governado por Adolf Hitler (1933-1945).

Outras referências no vídeo, que parecia ter vários trechos de texto copiados e colados para preencher o fundo do “jornal”, mencionam a Primeira Guerra Mundial.

A manchete “reich unificado” parece se referir à unificação da Alemanha, alcançada em 1871.

Em um comunicado, a porta-voz da campanha de Trump, Karoline Leavitt, disse que a publicação não tinha apoio oficial e que a referência ao “Reich” não foi intencional.

“Este não foi um vídeo de campanha, foi criado por uma conta online aleatória e republicado por um funcionário que claramente não viu a palavra”, declarou ela.

O próprio Trump, que compareceu a um tribunal diante de seu processo judicial em Nova York, não respondeu a uma pergunta da imprensa sobre este assunto.

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