Consultor da Red Bull, Helmut Marko rejeitou a avaliação de que a sorte foi fundamental para a equipe conquistar a dobradinha no GP da Malásia, no último fim de semana, com a vitória do australiano Daniel Ricciardo e o segundo lugar do holandês Max Verstappen.

A prova vinha sendo liderada por Lewis Hamilton, até que o inglês deixou a prova com problemas no seu motor. Para Marko, o desempenho da Red Bull levou o piloto da Mercedes a se ver obrigado a levar o seu carro ao limite, o que provocou a quebra. Além disso, assegurou que a vitória poderia ser garantida mesmo que Hamilton não abandonasse, diante de estratégias diferentes adotadas.

“Meu palpite é que muito provavelmente forçamos a falha do motor. Nós colocamos permanentemente pressão sobre ele, desafiando sua liderança, pois ele sabia que tinha de criar uma vantagem, e ficar com o pé embaixo o tempo todo provavelmente não era a melhor coisa para o seu motor. Mas, mesmo sem o seu abandono, tínhamos algumas coisas na manga – não vou dizer quais -, com estratégias nos carros que os fariam desafiá-lo no final da corrida”, disse.

A dobradinha deixou a Red Bull com uma vantagem de 46 pontos para a Ferrari na luta pelo vice-campeonato do Mundial de Construtores. Mas com cinco provas pela frente, Marko avalia ser cedo para já tratar como assegurado o segundo lugar pela sua equipe.

“Nós não caímos nessa ilusão. Haverá corridas pela frente que não nos convêm muito, por isso somos cuidadosos na leitura de qualquer bola de cristal. É claro que quando sentimos que podemos ganhar, vamos avançar agressivamente para a frente. Mas nós não vamos pensar na matemática agora”, afirmou.

Marko também rejeitou a avaliação de que a dobradinha na Malásia poderia ser um indicativo de que a equipe poderá ameaçar a soberania da Mercedes na próxima temporada da Fórmula 1. “Não significa nada mais e nada menos que nós fizemos o melhor trabalho. E vamos seguir o nosso caminho. Sim, é uma grande motivação, mas é só isso. Temos de continuar a trabalhar duro porque essa é a única maneira de vencer”, concluiu.