Na análise da ocupação no mercado de trabalho por atividade econômica, a construção civil surpreendeu no terceiro trimestre, gerando 399 mil empregos na comparação com o segundo trimestre, conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No agregado, a população ocupada, que desceu a 82,464 milhões de pessoas, menor nível da série iniciada em 2012, encolheu 1,1% na passagem do segundo para o terceiro trimestre, indicando o fechamento de 883 mil vagas no período.

Além da construção civil, a agricultura também ficou na contramão e viu sua população ocupada crescer 3,8% no terceiro trimestre ante o segundo, com 304 mil vagas a mais. O comércio abriu apenas 2 mil vagas, o que representa uma variação nula, já que são 15,246 milhões ocupados no setor.

Na passagem do segundo para o terceiro trimestre, fecharam vagas a administração pública (com 616 mil vagas a menos em um trimestre), a indústria (145 mil postos fechados), o setor de transportes (227 mil trabalhadores a menos), os serviços de alojamento e alimentação (160 mil a menos), os serviços de comunicação, informação e atividades financeiras (192 mil a menos), os outros serviços (154 mil a menos) e os serviços domésticos (91 mil vagas cortadas).

Na comparação com o terceiro trimestre de 2019, o comércio é o campeão de demissões. Em um ano, são 2,387 milhões de trabalhadores a menos nessa atividade, uma queda de 13,5%. Em termos porcentuais, o maior tombo foi visto no setor de alojamento e alimentação, um dos mais atingidos pela pandemia, que cortou 1,639 milhão de postos de trabalho, queda de 29,9% ante o terceiro trimestre de 2019.

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