A indústria da construção civil fechou 30.823 postos de trabalho em setembro no País. Com isso, o total de pessoas empregadas no setor atingiu 2,678 milhões, uma queda de 1,14% em relação a agosto.

Os dados fazem parte de pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 11, pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).

Com as demissões realizadas em setembro, o setor atingiu 24 meses consecutivos com corte de vagas, período em que ocorreram 899.913 demissões. Nos últimos 12 meses, foram 460.014 demissões. O Estado do Rio de Janeiro teve o maior número de cortes do País em setembro, com 6.441 demissões.

Para o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, a nova queda do nível de emprego reflete a persistência de escassez de novos investimentos em construção, apesar do otimismo com a condução da política econômica. “Medidas que objetivem o reequilíbrio fiscal, como a instituição de um teto para os gastos públicos e a reforma da Previdência, são necessárias para recuperar a confiança dos investidores. Porém, não bastam para reaquecer a economia”, avalia, em nota distribuída à imprensa.

O presidente do sindicato reivindica a adoção urgente de outras medidas para estimular a produção e o emprego, como as reformas tributária e trabalhista, a racionalização das despesas do governo, a diminuição dos juros, a elevação da oferta de crédito e a agilização das concessões e parcerias público-privadas da União, Estados e municípios.

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