O Chelsea será adquirido pelo consórcio liderado pelo empresário americano Todd Boehly, dono do time de beisebol LA Dodgers, informou o jornal britânico The Telegraph, na noite desta sexta-feira. Nem o clube inglês e nem as autoridades ligadas ao futebol britânico se manifestaram sobre a notícia.

De acordo com o periódico, o consórcio fechou acordo para comprar o Chelsea por 4 bilhões de libras, algo equivalente a R$ 25 bilhões. A proposta conta com o apoio financeiro da Clearlake Capital. E, segundo o jornal, será enviada para o governo britânico e para a Premier League, a liga que organiza o Campeonato Inglês, para ser aprovada na próxima semana.

O acerto deve ser formalizado até o fim do mês, que coincide com a licença especial pela qual o clube está operando neste momento, após permissão concedida pelo governo britânico. A licença expira no dia 31 de maio, o que acelerou as negociações e tirou concorrentes de Boehly do páreo nas últimas semanas.

O clube inglês pertence atualmente ao oligarca russo Roman Abramovich, que está na mira do governo britânico para sofrer sanções por conta das suas ligações com o presidente Vladimir Putin. Abramovich decidiu vender o clube assim que as tropas russas invadiram a Ucrânia, no fim de fevereiro.

Desde então, especulações e interessados no clube inglês ofuscaram o noticiário esportivo e os resultados do time dentro de campo. Até celebridades de outras modalidades, como Lewis Hamilton, entraram na disputa. O piloto britânico, torcedor declarado do Arsenal, se juntou ao consórcio liderado pelo empresário Martin Broughton para tentar comprar o Chelsea.

Outra proposta envolveu o brasileiro Eduardo Saverin, cofundador do Facebook. Ele entrou no grupo liderado por Steve Pagliuca, bilionário do setor de private equity, e que conta ainda com o canadense Larry Tanenbaum, presidente da NBA, e o fundador do fundo Passport Capital, John Burbank.

Havia ainda um consórcio formado pelo presidente da British Airways, Martin Broughton, e o presidente da World Athletics (antiga IAAF), Sebastian Coe. Há poucas semanas, a oferta encabeçada pelos proprietários do Chicago Cubs, importante equipe de beisebol dos Estados Unidos, desistiram formalmente da disputa. A proposta dos Cubs tinha o presidente da equipe, Tom Ricketts, à frente, e o grupo contava com a participação dos investidores americanos Ken Griffin e Dan Gilbert.